Implantação da telemedicina no Brasil

“A tecnologia move o mundo”. Tal citação foi dita pelo inventor e fundador da Apple, Steve Jobs, e de fato, é inegável a importância da tecnologia para o mundo, em vista da abrangência de suas áreas de atuação. Nesse âmbito, no que diz respeito ao fator tecnológico, percebe-se um grande avanço na área da saúde brasileira, decorrente da implantação da telemedicina.

Convém ressaltar, a princípio, que a telemedicina é uma importante ferramenta para oportunizar o acesso à saúde a uma maior parcela da população. De acordo com a Constituição, em seu artigo 196, a saúde é direito de todos e dever do Estado. Diante disso, verifica-se certa atenção do governo com os cidadãos, ao disponibilizar essa modalidade de atendimento à distância, que oferece maior acessibilidade à saúde, bem como, a redução de custos nas consultas, além de um acompanhamento mais cuidadoso com o paciente.

Por outro lado, apesar do notório avanço, é preciso pontuar que, sob outro viés, a acessibilidade pode ser observada como uma desvantagem. Segundo dados do IBGE, quase 40 milhões de brasileiros ainda não possuem acesso à internet. Tendo em vista, que na telemedicina as consultas são realizadas de forma remota, torna-se indispensável o acesso à internet e a aparelhos eletrônicos. Além disso, é preciso atentar para os problemas de picaretagem nesse meio, pois pode ser um risco para a saúde do paciente.

Portanto, para melhorar o uso da telemedicina no Brasil medidas precisam ser tomadas. Faz-se necessário, pois, que o governo elabore uma proposta de política pública que acabe com a exclusão digital no país. Essa ação pode ser feita por meio de um financiamento do Banco Mundial para um projeto de combate à desigualdade de acesso à internet. Ademais, a segurança nesse tipo de atendimento deve ser garantida e reforçada por políticas de privacidade. Assim, o estado finalmente poderá contemplar a todos com o direito à saúde.