Impactos da pandemia na educação

Immanuel Kant, grande filósofo da era moderna, defendia que, “É no problema da educação que se assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”. Nesse contexto, percebe-se que há, no Brasil, um déficit educacional capaz de expandir os impactos da pandemia na educação. Contudo, quanto a isso, existem vários desafios, sendo os principais: a desuniforme distribuição de redes de internet de forma igualitária e a dificuldade de adaptação ao novo meio de estudo.

Em primeiro lugar, vale destacar que a desigualdade social e na educação de crianças e adolescentes está entre as causas do problema, tendo em vista que não há o cumprimento de políticas públicas em questão. De acordo com o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), cerca de 30% da população estudante não têm acesso à internet, na qual a população mais carente sofre limitações no acesso à tecnologia e constrói uma barreira na educação remota. Diante disso, tal situação corrobora assim o que é prometido na Constituição Federal, já que a mesma é baseada no bem-estar social para todos os indivíduos, e isso não acontece de modo efetivo na situação presente na vida de muitos jovens. Portanto, é evidente que existem falhas no princípio da isonomia no qual todos devem ser tratados de forma igualitária.

Outrossim, é fulcral dar ênfase à dificuldade na adequação das aulas on-line por meio dos discentes e docentes, já que tal situação é repleta de obstáculos. Nessa perspectiva, o sociólogo Zygmunt Bauman emite que, em tempos de modernidade líquida, as relações tendem a se formar de maneira rápida e com inconstância e, por consequência, o descaso com o próximo se torna ordinario. De fato, o pensamento do sociólogo reflete em como os impactos da pandemia na educação, que abandona aqueles que possuem mais dificuldades e se frustram, quando o foco deveria estar relacionado exatamente a essas pessoas, que enfrentam um momento frágil. Assim, é inaceitável que a volatilidade impacte os indivíduos de modo a desorganizar as esferas da vida social como a compreensão ao próximo.

Urge, pois, que medidas devem ser tomadas no intuito de se coibir o problema discutido. Logo, cabe ao Ministério da Educação, em conjunto com o Estado, mediante verbas públicas, promover a instalação de meios de internet em cada comunidade, além de um mutirão on-line que ajuda estudantes a socializarem, com o objetivo de como melhor se adaptar nessa situação. Além de, disponibilizar um canal de comunicação eficaz e rápido, para facilitar a comunicação entre alunos e professores, a fim de reconstruir o diálogo de ambos, por meio de um projeto de lei para ser entregue à Câmara de Deputados. Desse modo, esse óbice não aflige a sociedade brasileira e irá caminhar para um futuro melhor.