Iniciante

IMPACTOS DA FALTA DE CONSCIÊNCIA POLÍTICA E ELEITORAL BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE

  • 1

              Na Grécia Antiga, os cidadãos que não se interessavam por política eram intitulados “idiotas”, pessoas individualistas e desinteressadas no conhecimento coletivo. Ao longo das décadas, as modificações das estruturas sociais tornaram a relação do indivíduo e política progressivamente distante. Essa disposição, baseada na inconsciência política e eleitoral, impacta no convívio coletivo, pois aliena a percepção dos direitos e deveres do ser social, promovendo a perpetuação de processos manipuladores, interferindo na garantia do bem estar social da comunidade e trazendo o conceito grego para a contemporaneidade. 

               É inegável que a ação transformadora do ser humano em sociedade advém da consciência política. As reivindicações democráticas durante o período militar, como o movimento das Diretas Já, só foram possíveis pelo reconhecimento do regime e pela preocupação coletiva, que possibilitou a sua contestação. Dessa forma, a inconsciência política, fomentada pelo desinteresse atual, condiciona o ser a um individualismo cego, que inferioriza a percepção das atribuições legais do homem político, como a noção de direitos e deveres. Ainda, a estaticidade do Estado, proposta pelo comodismo social, vulgariza a participação da comunidade nos processos democráticos brasileiros. 

              Ademais, o déficit de conhecimento político propõe um processo de manipulação ideológica do indivíduo. O filme alemão “A Onda” narra o experimento de um professor de ensino médio que envolve seus alunos em uma didática totalitária que exemplifica, de forma prática, como ocorre o controle ideológico. De forma análoga, a manipulação dos hábitos, atitudes e ideais é usada como instrumento de alienação das massas, e assim favorece processos antidemocráticos e prejudiciais à vida coletiva, fator que legitima atos de corrupção e banaliza a noção de justiça e coletividade. 

               Portanto, é evidente que a inconsciência do âmbito político agrava os impasses sociais no Brasil, urgindo medidas para atenuar o impasse. O Ministério Público em parceria ao Ministério da Educação, deve instituir o ensino político nas escolas, por meio da inclusão dessa abordagem à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com o propósito de estimular debates entre os alunos, além de ensinar os processos e sistemas governamentais e a respeito da importância da participação democrática – garantindo informação e inserção do indivíduo na política. Outrossim, desenvolver na plataforma online do governo federal um curso gratuito que explane essa temática, difundindo o assunto entre a comunidade. Para que assim os impactos da falta de consciência política sejam atenuados.

Compartilhar

1 Correção

  1. Ótima escolha !
    É notável a organização bem estruturada dos argumentos, das abordagens na introdução parabéns, continue assim.
    Porém a Educação só foi citada na conclusão, isso é ruim. Pois não constava na introdução como um dos fatores de inconsciência e por mais real que seja, deveria constar para não gerar fuga de contextualização.
    Houveram ausências de vírgula durante o texto. Cuidado …
    No mais, parabéns mais uma vez!
    Bons estudos Anabe

    • 1

Você precisa fazer login para adicionar uma correção.