Igualdade racial no Brasil: avanços e desafios.

Igualdade racial no Brasil: Avanços e desafio

      O Darwinismo Social foi uma teoria criada no século 19, durante o Imperialismo, na qual se pregava uma supremacia racial que era usada para justificar condutas eugenistas contra diversos povos. De modo análogo, no Brasil, algumas etnias, como a africana, foram oprimidas por longas décadas por serem consideradas inferiores. Apesar desses povos já possuírem vários direitos conquistados hoje, essas premissas foram sucedidas por uma política de inclusão falha e que gera consequências negativas para a sociedade até a atualidade.

      Nessa perspectiva, práticas racistas e segregacionistas são resultados de raízes sociais histórico e culturalmente excludentes. Sob tal ótica, após a abolição da escravidão, em 1888, no segundo período imperial do Brasil, não houve ações que incluíssem a parcela negra no corpo social, o que colaborou para a perpetuação do racismo e marginalização desse grupo mesmo nos tempos hodiernos, como na desigual área trabalhista. Desse modo, essa construção social existente no Brasil é fruto da falta de empatia popular e da ordem para uma inclusão étnica. 

      Outrossim, consequentemente, a ausência de isonomia racial pode ser observada em diversas esferas sociais. A esse respeito, segundo dados do IBGE, em 2017, dois terços dos brasileiros desempregados eram negros. Nessa lógica, é possível afirmar que o mercado de trabalho, como outros âmbitos, apresenta uma lacuna igualitária, motivada por fatores segregadores relacionados ao preconceito, uma vez que uma pessoa com traços afro-brasileiros é levada, muitas vezes, à subestimação do seu caráter e qualificação profissional devido ao seu fenótipo. Dessa maneira, não obstante dos direitos conquistados por esse povo, a sociedade ainda possui uma configuração separatista.

      Depreende-se, portanto, que medidas são necessárias para a mitigação da desigualdade racial no Brasil. Para tanto, urge que o governo federal mobilize-se, por meio de um projeto de cunho inclusivo, propagando campanhas em mídias sociais sobre a história da formação nacional e a importância da união étnica brasileira e, ademais, a ampliação da conscientização associada à penalidade pelo crime de racismo, com o objetivo de atenuar a segregação racial no país e, assim, também impedir que teorias etnocêntricas surjam novamente.