IDOSOS NO SÉCULO XXI. NEGLIGENCIADOS OU VALORIZADOS?

Apesar de vivermos em um país com uma das maiores economias do mundo, não garantimos com isso a superação de velhos preconceitos, prova disso é a persistência nas dificuldades de garantir a valorização dos idosos no Brasil do século XXI. Essa questão tem como impulsionadores a herança histórica de uma negligência estatal e a rejeição ao envelhecimento tida pela sociedade, sendo necessárias intervenções a fim de resolver a questão.
Primeiramente, o problema se encontra em terra fértil na mentalidade social. Nesse sentido, o filósofo canadense Erving Goffman faz uma relevante contribuição ao afirmar que quem não se adequá aos moldes de uma sociedade padronizada acaba consequentemente excluído. Assim, compreende-se que a rejeição ao envelhecimento devido a padrões estéticos e a uma cultura padronizada comprometem a valorização dos longevos. Logo, se faz necessário intervenções para reverter esse cenário caótico.
A Carta Magna de 1988 assegura aos cidadãos uma serie de direitos, entre os mais importantes, podem-se destacar os sociais, os individuais e a dignidade da pessoa humana. Entretanto, da teoria à prática, nota-se um lento processo no que tange a concretização dessa garantia, uma vez que o direito à dignidade, necessidade básica, prioridade e assistência do grupo anoso é muitas vezes negligenciada no Brasil. Dessa forma, impossibilitando a garantia dos direitos assegurados pela Carta Magna.
Em suma, faz-se importante a criação de uma medida capaz de conter o avanço da dificuldade de combater a inadvertência e garantir a valorização do idoso. Por isso, a fim de solucionar a inobservância estatal e rejeição ao envelhecimento, é preciso que a família cumpra com seu papel na participação e integração do longevo -por meio de apoio e auxílio ao idoso- incluindo-o nas atividades a fim de entretê-lo. Ademais, é imprescindível que o Estado -dadas suas obrigações referentes a garantia do bem-estar populacional- garanta o cumprimento dos direitos do grupo desvalorizado, por meio da aplicação severa das leis. Dessa forma, poder-se-á um país onde o direito do idoso é respeitado.