Idosos no Brasil do século XXI – negligenciados ou valorizados?

De  acordo com a constituição federal de 1988 – norma de maior hierarquia jurídica nacional – é garantido a todos os cidadãos o direito da segurança e da igualdade, infelizmente, esse direito nem sempre é respeitado, principalmente com a parcela idosa da população, casos de crimes contra os idosos acontecem diariamente, tendo como principais causas: a falta de informação, e a negligência da própria sociedade.

Promulgado em 2003 o estatuto do Idoso – norma que regula e protege os direitos do idosos – garante ao cidadão acima de 60 anos direitos como: atendimento preferencial no sistema único de saúde, gratuidade no transporte público, previdência pública, assistência social, além do direito universal à dignidade. Todavia, esses direitos nem sempre são de conhecimento da parcela idosa da população, devido as dificuldades que os mesmos tem em adquirir informação e à falta de divulgação da mesma.

Além disso, a negligência dos direitos dos idosos também é causada pela falta de empatia, a indiferença, da sociedade. Na obra “Modernidade líquida”, Zygmunt Bauman defende que a sociedade pós-moderna é guiada principalmente pelo individualismo, que tem como consequência a falta de empatia, pois para se colocar no lugar do outro, é necessário deixar de olhar apenas para si. Essa liquidez atua sobre a problemática funcionando como um empecilho para sua resolução.

Portanto,  para que  seja corretamente respeitada a constituição, urge que o Ministério dos direitos humanos – MDH – por meio da mídia e de programas socioeducativos aplique programas de reeducação social para com o tema, com o intuito de informar a sociedade sobre os direitos dos idosos, para que assim, a valorização do idoso na sociedade brasileira deixe de ser apenas uma utopia.