Ideologia nas escolas e universidades

“A condição suprema da produção é a reprodução das condições de produção”, já dizia o filósofo Louis Althusser. Ou seja, sendo a educação, através das escolas e universidades, um qualificador profissional, há bastante interesse de quem controla os meios de produção em dominá-la. Logo, o debate sobre a ideologia nesses ambientes se torna válido.

Em primeiro lugar, nota-se que o Sistema educacional brasileiro é atrasado, por ser conteudista, causar desinteresse na maioria dos alunos e não ter diretrizes legais voltadas para desenvolver a independência racional de seus educandos; o que levou o Brasil ao último lugar no PISA ( Programa Internacional de Avaliação de Alunos ). Com isso, torna-se mais fácil manipular os jovens brasileiros a favor dos interesses da parcela menor e mais preparada da população.

Outrossim, as polarizações políticas e ideológicas, com diretrizes bem definidas e diametralmente opostas ditando o que é certo e errado. Nesse ínterim, a falta de uma visão crítica por parte da sociedade, em formação, torna necessária a neutralidade de professores, mestres e doutores, em relação as suas preferências políticas e ideológicas durante o ensino. Logo, denuncias quanto a ideologizações e manipulação dos alunos é pauta importante e que deve ser resolvida.

Diante dos fatos supracitados, cabe ao Governo e sociedade se unir em prol de uma qualificação isenta de seus educandos. Para tal, urge do Ministério da Educação criar uma disciplina de neutralidade política na formação dos futuros docentes e reciclar os atuais, para que assim haja imparcialidade no ensino e liberdade de pensamento para os alunos. Desta feita, a condição suprema da produção será o direito a não reprodução das condições de produção.