A reflexão do escritor José Saramago: “Nós estamos a assistir ao que eu chamaria de morte do cidadão e, no seu lugar, o que temos e, cada vez mais, é o cliente” descreve com exatidão a cultura de consumo no Brasil, na qual a aquisição de bens é feita por lazer, por impulso ou visando status social e não por necessidade. Dessa forma, os cidadãos, influenciados principalmente pela mídia, são responsáveis pelo próprio endividamento e pelo aumento da poluição ambiental, ao consumirem sem consciência.
Em primeiro lugar, o consumismo é muitas vezes estimulado pelos meios de comunicação e associado pelos mesmos ao sucesso social e à felicidade. Nesse sentido, segundo pesquisa da SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), realizada em 2016, 3 em cada 10 brasileiros consideram as compras como sua atividade de lazer favorita. Ademais, as promoções e as tendências promovidas pelas mídias geram o consumo por impulso feito para aproveitar os descontos e a necessidade de integrar -se à moda atual que logo será substituída, respectivamente. Logo, estilos de vida como o minimalista, que tem como fundamento viver apenas com o essencial, são fundamentais para eliminar essas práticas consumistas.
Em segundo lugar, a obtenção desenfreada de produtos produz malefícios financeiros para os cidadãos e danos ambientais. De acordo com dados da CNDL (Confederação Nacional de dirigentes e lojistas), em 2017 mais de 70% dos entrevistados passaram por alguma dificuldade financeira, dos quais 12% recorreram a empréstimos em vez de realizar cortes nos gastos para adaptá-los à sua renda. Além disso, o consumismo aumenta a produção industrial, gerando, assim, mais poluição e mais uso dos recursos naturais, uma vez que o lucro é mais importante que a sustentabilidade para as grandes empresas. Dessarte, ao comprar qualquer coisa é essencial que o consumidor pense em seu impacto no ambiente e no seu bolso.
Portanto, a fim de reduzir o consumo dos brasileiros urge que o Ministério das Comunicações desenvolva campanhas midiáticas incentivando a compra consciente, mediante a divulgação de seus benefícios para a sociedade e para o meio ambiente, e vinculando a obtenção de mercadorias somente à necessidade. Só assim, o cidadão, ao contrário do que constatou Saramago, será mais que um cliente.
dizz_bruna
Olá,sou uma aluna como você,e vou discorrer em tópicos acerca da sua redação.
.sua introdução está muito boa e desenvolvida.
.notei alguns desvios de pontuação(aplicação de vírgulas).
.sua proposta de intervenção está bem articulada.
.você tem um ótimo vocabulário.
.Só evite utilizar muitos dados estatísticos, é mais difícil de lembrar na hora da prova.Achei seus argumentos positivos.
Continue a escrever,continue a praticar.Você alcançará seus objetivos!!😊😊