Estudante

Guerra nas ruas: o problema da violência urbana no Brasil

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Dados do portal virtual Exame revelam que, entre 2011 até 2015, a média mensal de vítimas da violência urbana era de, aproximadamente, 5.000 pessoas. Logo, os dados demonstram a urgência de combater esse cenário no Brasil. Dessa forma, em razão do silenciamento dos órgãos legislativos e da lacuna educacional, emerge essa guerra nas ruas, que precisa ser resolvida.

Primeiramente, é preciso salientar que a omissão do Poder Legislativo é uma causa latente do problema. Segundo Foucault, importante pensador, na sociedade pós-moderna, muitos temas são silenciados para que estruturas de poder sejam mantidas. Diante disso, verifica-se um vazio em torno da existência de políticas públicas e de segurança, o que contribui com a impunidade dos criminosos, tornando a resolução da violência nas ruas mais dificultada.

Em segundo plano, outra causa para a configuração do impasse é a negligência educacional. De acordo com o filósofo Kant, o ser humano é resultado da educação que teve. Sob essa lógica, se há um problema social, há como base uma lacuna educacional. No que tange à violência urbana no Brasil, verifica-se uma forte influência dessa causa, uma vez que a escola não tem cumprido o seu papel no sentido de reverter e prevenir o problema, visto que não tem estimulado os indivíduos a deixar de normalizar situações de violência, principalmente, aquelas veiculadas nos canais de comunicação.

Portanto, uma intervenção faz-se necessária. Para isso, é preciso que o MEC crie políticas que estimulem os debates nas escolas do país sobre a responsabilidade individual e coletiva no combate à violência urbana. Tais eventos podem ocorrer no contraturno, contando com a presença de professores e especialistas no assunto, esses eventos devem ser abertos para a comunidade, a fim de que as pessoas desenvolvam senso crítico para reverter essa guerra nas ruas e se tornem cidadãos atuantes na busca por resoluções. Além disso, o poder Legislativo deve preencher a lacuna existente nas políticas de segurança pública, visando aplicar a devida punição aos delinquentes. Assim, poderá se consolidar um Brasil melhor, e os dados do portal Exame serão revertidos.

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3 Correções

  1. Sua redação ficou mediana, apresentando uma argumentação falaciosa, o que levou a nota ser: 480 pontos.
    Isso tendo em vista as 5 competências exigidas pelo ENEM, que são:
    1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal portuguesa
    2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
    3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
    4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção de argumentação.
    5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

    1: 160: Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de
    escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.
    Encontrei 4 erros na introdução, sendo estes distribuídos, respectivamente, na 1°, 2°, 3° e 4° linhas. veja-os e depois pesquise para entender:
    1° “entre 2011 *até* 2015”. A utilização do ‘até’ está errada e deve ser substituída pelo “e”.
    2° ‘a média mensal de vítimas da violência urbana *era* de”, sendo que deveria ser substituído por “foi”.
    3° “urgência de combater* esse* cenário no Brasil”. o correto seria “este”.
    4° “* *urgência de combater esse cenário no Brasil” faltou um ‘que’ para dar sentido à frase “Dessa forma, em razão do silenciamento dos órgãos legislativos e da lacuna educacional” (isto vai ser cobrado na coesão.

    2: 80: Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos motivadores
    ou apresenta domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo, não
    atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão.
    Os dados e frases citados foram muito fracos e sem especificação:
    “Dados do portal virtual Exame revelam que, entre 2011 até 2015, a média mensal de vítimas da violência urbana era de, aproximadamente, 5.000 pessoas. “. não mostrou porcentagem, logo não dá para inferir se esse número é alto em relação a população, nem se é crescente ou decrescente, apesar de ser inferível que é crescente. Afora que este dado não é o suficiente para a compreensão de um levantamento histórico, especialmente quando levamos em conta que estes não justificam a ênfase na argumentação quando defende que “silenciamento dos órgãos legislativos e da lacuna educacional” com “silenciamento dos órgãos legislativos e da lacuna educacional”.
    Na argumentação eu achei grave a falácia ad hominem ao se referir ao tal “Foucault, importante pensador”, veja que você está convencendo o leitor sem apresentar um prova através de seus feitos acadêmicos, sendo minimamente necessário dizer em qual área do conhecimento este elemento atua.
    No segundo argumento é utilizado uma falácia mais grave ainda e que estrutura toda a linha de raciocínio, uma clássica argumentum ad consequentium, que considera uma premissa verdadeira ou falsa conforme a consequência é desejada, por exemplo: “se existe carros, então existe poluição. Existe poluição, logo existe carro”. veja:
    “e acordo com o filósofo Kant, o ser humano é resultado da educação que teve. Sob essa lógica, se há um problema social, há como base uma lacuna educacional. No que tange à violência urbana no Brasil, verifica-se uma forte influência dessa causa, uma vez que a escola não tem cumprido o seu papel no sentido de reverter e prevenir o problema, visto que não tem estimulado os indivíduos a deixar de normalizar situações de violência, principalmente, aquelas veiculadas nos canais de comunicação.” Veja, não necessariamente a violência é fruto somente da lacuna educacional, pois ela é fruto de vários fatores, como a política econômica, a alienação das cidades, crises etc. E não existe relação entre normatizar a violência normalmente veiculada nos meios de comunicação e a o ensino formal, pois a normatização é fruto de outros fatores relacionados a precarização do meio urbano e a falta de oportunidade econômica e atendimento estatal, vide as favelas. Em suma, você ligou coisas sem a menor causa e efeito.
    Na conclusão ficou evidenciado a falta de lição entre a gravidade dos argumento estruturais e sua proposta conjuntural, pois é afirmado que há interesse na manutenção de grupos manipuladores da violência urbana e como solução as pessoas deveriam conversar na escola, algo inerte neste sentido. Afora que se o problema é estrutural vede-se-a reformular a educação e não promover o dialogo entre pessoas formadas por esse sistema que gera este estado de coisas e uma nova geração – pais e filhos. Além de que a sua proposta não é de competência do MEC e sim da uma discussão no Congresso, mais uma evidência de pouco domínio sobre o tema.
    Sobre a “punição dos delinquentes” faltou dados e que deferiam ter aparecidos na argumentação (vai contar na coesão)

    3: 80:Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas desorganizados
    ou contraditórios e limitados aos argumentos dos textos motivadores, em defesa de
    um ponto de vista.
    Os fatos e opiniões foram muito fragilmente apresentados e desenvolvidos, primeiramente, o único dado estatístico apresentado não foi explorado de nenhuma forma, e as opiniões entraram como falácia, sendo que o mais grave foi a conclusão insatisfatória dado a força empregada nos argumentos e que não retomou ou fez relação ao desenvolvimento.

    4: 80: Articula as partes do texto, de forma insuficiente, com muitas inadequações e apresenta repertório limitado de recursos coesivos.
    Elementos coesivos não tiveram relação e sentido pretendido.

    5: 80 : Elabora, de forma insuficiente, proposta de intervenção relacionada ao tema, ou
    não articulada com a discussão desenvolvida no texto.
    agente: MEC e Poder Legislativo ( errado, pois neste caso, Poder Legislativo significa o mero contraponto ao Executivo e o termo correto seria Congresso, pois o congresso é um poder transitório instituído da responsabilidade de representar o povo e suas demandas, sendo descabida esta função ou Legislativo, já nem sempre o direito pode se misturar com a vontade popular)
    Ação: debate das escolas (MEC) ; preencher a lacuna existente nas políticas de segurança pública (Legislativo)
    Modo: debates nas escolas do país sobre a responsabilidade individual e coletiva no combate à violência urbana (MEC) ; ( Legislativo) Nada (poderia ser uma reforma penal, proposta de PEC)
    Finalidade: a fim de que as pessoas desenvolvam senso crítico (MEC) ; visando aplicar a devida punição aos delinquentes. ( Legislativo)
    Detalhamento:Tais eventos podem ocorrer no contraturno, contando com a presença de professores e especialistas no assunto, esses eventos devem ser abertos para a comunidade, (MEC) ; Nada.

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  2. Olá, boa tarde!
    Não sou profissional para corrigir sua redação, mas vou destacar alguns pontos que pode te ajudar a melhorar! :)
    Sua redação está muito bem estruturada, parabéns. Há alguns erros de digitação e pontuação, mas nada muito grave. No desenvolvimento 1, você poderia ter desenvolvido mais sobre o assunto. Para enriquecer o repertório, você pode fazer o uso de dados, livros, momentos históricos para diferenciar um pouco de frases de filósofos. Continue assim, treine bastante, você vai conseguir.

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  3. C1( Domínio da modalidade escrita formal): 180
    C2(Compreender a proposta de redação e aplicar conceito de várias áreas do conhecimento e desenvolver o tema na estrutura dissertativo-argumentativo): 180
    C3(Selecionar organizar e interpretar informações,fatos, e opiniões); 180
    C4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação:200
    C5(Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos):120
    NOTA: 860

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