Gravidez na adolescência em questão no Brasil.

Na série hispânica “Elite”, a personagem Marina se envolve em um relacionamento com o irmão de um colega de classe e acabando engravidando, aos 16 anos. Não muito longe da ficção, os casos cada vez mais frequentes de gravidez na adolescência é uma realidade na sociedade brasileira. Tal situação revela um problema de saúde pública e torna necessária a realização de uma reflexão acerca de suas consequências, tais como a evasão escolar e a dificuldade de inserção no mercado de trabalho.

Em relação a evasão escolar, é verídico o fato de uma gravidez não planejada interferir intensamente na formação educacional das jovens mães. Isso porque, na maior parte dos casos, as adolescentes enfrentam dificuldades para manter o ritmo nos estudos e acabam desistindo de frequentar a escola. Essa situação, somada ao fato do Brasil apresentar uma média de casos de gravidez na adolescência maior que a média mundial (segundo a ONU), mostra o quanto tal circunstância é relevante e como ela pode afetar, posteriomente, a vida profissional dessas adolescentes.

Por outras palavras, a vida profissional das jovens que engravidam na adolescência torna-se prejudicada devido ao fato de que a evasão escolar, juntamente com a ausência de um planejamento de vida, acaba levando à uma não preocupação com a formação profissional, por parte dessas adolescentes. Por consequência desse fato, muitas dessas jovens acabam tendo dificuldades para entrar no mercado de trabalho, que exige cada vez mais qualificação, e, dessa forma, tornam-se parte da parcela da população que veem a ascensão social como algo impossível de se alcançar.

Portanto, com base na análise desses fatos, é notório como a questão da gravidez na adolescência no Brasil abrange diversas esferas sociais, necessitando assim da tomada de medidas que solucionem essa problemática. Cabe então, ao Ministério da Saúde, a elaboração de um estudo aprofundado acerca dessa questão, por meio de pesquisas sociais que visem a mentalização sobre o uso de contraceptivos e as consequências de uma gravidez precoce, a fim de diminuir os índices de adolescentes grávidas no Brasil. Assim, haverão menos “Marinas” na sociedade brasileira.