Gravidez na adolescência e a importância do diálogo familiar

   No filme “Confissões de Adolescentes”, retrata um pai que lida com quatro filhas, e tem dificuldade na aceitação da gravidez indesejada da filha Alice. Em paralelo com a ficção, atualmente, a gravidez na adolescência vem crescendo em detrimento do diálogo familiar, o que contrapõe a diminuição da fertilidade na adolescência. Desse modo, não só as relações familiares, como também a curiosidade momentânea dos jovens colaboram para esse problema.

  Em princípio, a estrutura familiar atual vem mudando em aspectos sociais, visto que os filhos passam mais tempo com os próprios amigos do que com a família, causado pelo trabalho dos pais ou por relações conjugais. Nesse sentido, os adolescentes não possuem segurança para conversar com seus genitores sobre uma vida sexual ativa, assim, há um problema de afinidade de ambos os lados, como afirma a médica Philippa Gordon, que conversar com adultos sobre sexo é embaraçoso. Por consequência, os jovens procuram informações e conhecem o sexo de forma errada, em filmes os revistas pornográficas, logo, estimula o ato sem proteção e, portanto, causa a gravidez indesejada.

  Outrossim, a adolescência é uma fase cheia de medos e curiosidades, o que aproxima o risco da gravidez, aspecto este que deveria unir pais e filhos em uma opinião sensata. Entretanto, não havendo a presença da família, o jovem realiza o ato corrompendo a sua juventude, por “agir com emoção”, expressão que contraria o pensamento do filósofo, grego, Platão, na qual defende a razão como defensora dos impulsos que leva o mau. Em contrapartida, há aqueles jovens que não conhecem os riscos do sexo e por medo da atitude dos pais sobre tal assunto, não apresenta dúvidas.

  Portanto, a fim de prevenir a gravidez na adolescência, a escola deve apresentar fatos que conscientize o sexo seguro. Isso deve ocorrer por meio de depoimentos reais daqueles que sofreram com a gravidez indesejada, apresentando suas consequências para o futuro destes. Adicionalmente, o Estado, por meio do rádio e redes sociais, deve lançar propagandas de cunho apelativo, por exemplo, incentivando o diálogo entre pais e filhos. Espera-se com isso, que o problema apresentado esteja somente na ficção.