Fuga de Cérebros no Brasil

Em 2014 milhares de jovens cientistas japoneses migraram para os Estados Unidos devido à falta de interesse do Governo japonês nesses jovens, o que se deu o nome de fuga de cérebro. Hoje no Brasil, estamos nos aproximando de um cenário muito parecido, o qual é devastador para qualquer país. Devido à falta de incentivos financeiros e ao mercado de trabalho limitado, muitos jovens brilhantes estão optando por utilizar seu conhecimento em favor de outras nações.

Em primeira análise, o Estado não cumpre seu papel como agente fornecedor de direitos mínimos, no momento em que não estimula tais pesquisas. Segundo o artigo 23 da Constituição Federal de 1988, é dever da União assegurar o incentivo à pesquisa e à inovação tecnológica. Contudo, é observado que nem todos os jovens brasileiros recebem a devida motivação, tornando, o que é direito por lei, um privilégio de poucos. Por isso, é necessário que algo seja feito para resolver esse gravíssimo problema e chegarmos na isonomia constitucional.

Outrossim, vale lembrar que devido à imensa carga tributária, diversas empresas acabam não contratando pesquisadores locais. De acordo com um pesquisa realizada pela BBC, instituições preferem contratar serviços prontos de estrangeiros do que brasileiros, devido às desnecessárias tributações. Isso se mostra uma incoerência, visto que quanto mais empregos, mais produtiva se torna essa área. Todo esse cenário, infelizmente, só agrava a situação, o qual não pode continuar crescendo.

Dessa maneira, é visível que ações precisam ser tomadas para atenuar a fuga de cérebros. Portanto, o Ministério da Ciência e Tecnologia deve, por meio de emendas parlamentares, corrigir os investimentos públicos, para assim destinar uma maior quantia monetária para estímulos à pesquisa e além de auxiliar empresas privadas durante a contratação de novos cientistas brasileiros. Somente dessa maneira o Brasil chegará mais próximo da utopia esperada e prevista na Carta Magna.