“O amor por princípio, a ordem por base; o progresso por fim”. Esse lema positivista, criado pelo filósofo Auguste Comte, inspirou a frase política “Ordem e Progresso” exposta na bandeira nacional. Contudo, a conjuntura hodierna vivenciada no Brasil antagoniza o símbolo pátrio, dado que existem obstáculos que impedem uma formação educacional adequada para pessoas com autismo. Desse modo, destacam-se como agentes impulsionadores da questão: a negligência estatal, bem como a falta de infraestrutura nas escolas decorrentes da carência de conhecimento sobre o transtorno do espectro autista.
De início, vale pontuar que a negligência estatal é uma das causas da temática no país. De acordo com a Constituição Federal de 1988, a educação é um direito social. Nesse sentido, imagina-se que o Estado promova de forma integral e sistematizada a formação educacional de todos os cidadãos, independentemente de qualquer circunstância. Todavia, o órgão não atua em defesa daquilo proposto na lei maior, dado que cidadãos autistas enfrentam diversas dificuldades educacionais, como a falta de professores capacitados para ensiná-los, a efetivação e criação de leis que garantem uma formação escolar completa entre outras. Dessa forma, é inadmissível a ineficácia do Estado diante de tal panorama.
Além disso, o cenário se fundamenta na a falta de infraestrutura nas escolas decorrentes da carência de conhecimento sobre o transtorno do espectro autista. Isso ocorre devido ao fato de que pouco se discute sobre autismo no tecido social, construindo, assim, uma sociedade ignorante no que se diz respeito ao espectro autista, refletindo esse pensamento nas instituições educacionais. Segundo o sociólogo Paul Jansen, a escola deve oferecer todos os cuidados e recursos possíveis para o bom desenvolvimento de seus integrantes. Entretanto, no Brasil, a ideia do pensador não se concretiza na prática, gerando, como consequência a exclusão social e a tendencia à evasão escolar por parte dos indivíduos autistas.
Portanto, medidas são necessárias para extinguir os obstáculos que impedem a formação educacional da pessoa com autismo. Para isso, cabe ao Ministério da Educação – órgão responsável pela regulamentação e administração do ensino brasileiro – junto ao Poder Legislativo desenvolverem reformas institucionais, as quais visem o aprimoramento e especialização do ensino para pessoas autistas, por meio da criação de novas leis que assegurem que as escolas devem possuir toda a infraestrutura necessária para acolher um estudante com o espectro autista, a fim de transformar o território verde-amarelo em um lugar mais harmônico. Assim, se consolidará uma comunidade mais próxima do símbolo pátrio.
brunalismo
É a segunda redação da qual corrijo advindo de você e adoro a forma como você redige. Muito bom!
Defesa da conscientização do transtorno do espectro autista, realmente, é um assunto hodierno. As redes sociais abordam de forma frequente sobre esse transtorno, porém falta maior atenção do poder público. Espero que seja um tema bastante abordado pelos concursos públicos, pois se faz necessário. Sinceramente, não vejo muito o que corrigir, mas acredito que esse espaço não seja apenas de correção, mas inclusive para deixar elogios sobre o bom decorrer textual. Continue assim. Vamos avançar!