Feminicídio

Tendo em vista a ideia de Simone de  Bevoir, que afirmou que ninguém nasce mulher, torna-se, é vero afirmar que fora desse pensamento da mulher definida pelo ambito atitudinal, esta, no entanto, intrinsecamente possui suas qualidades físicas, e, isso leva a figura masculina a aplicar força, que pode levar a quadros extremos de morte. O feminicídio, desta forma, é uma problemática global e grave, que engloba os direitos fundamentais humanos, o direito a vida e, assim deve ser debatida a fim de descontruir estigmas e atitudes.

Primeiramente, é possível apontar o cenário retrógrado da sociedade atual, que ainda define a mulher como um ser inferior. Nesse cenário, pode-se mencionar o Afeganistão, onde a mulher ainda é submetida a normas de vestuário que impõem que devem cobrir o corpo, em adição é possível mencionar entre elas a obrigatoriedade de andar acompanhada por um homem, por exemplo, além da proibição de frequentar escolas. Diante disso, cita-se a questão dos esteriótipos sociais que alimentam ideias equivocadas da figura feminina como frágil e submissa, assim, é encorajada a violência contra a mulher, vítima de uma sociedade patrialcal desigual entre os sexos. Nessa premissa a desconstrução de ideias obsoletas torna-se urgente e imprescindível para o combate ao feminicídio.

Ainda é possível mencionar o movimento feminista que teve grandes avanços, representado por ícones como Frida Khalo, artista cujas pinturas são símbolos de liberdade da mulher, evidente na forma como a beleza é retratada fora dos padrões comuns, em que a mulher é apresentada com pelos na face, e cores vivas nas telas, o que pode ser interpretado como uma quebra a tons claros e insípidas, sinônimos do  chamado “ideal feminino”. Apesar do afirmado, é um fato que a sociedade em todas as suas esferas ainda tem a progredir quando considerado o efeito do pensamento patriarcal enraizado, isto em todas as suas esferas, desde os órgãos públicos a mulher em si e o que é acreditado por ela merecer diante disso. Assim, é evidente o despreparo geral a casos de violência, que não são tratados ao ponto do feminicício, o que demanda ação imediata.

Dessa forma, a fim de evitar o abuso desconstruindo estigmas sociais, é imprescindível o papel de Organizações Não Governamentais na promoção de espaços de discussão sobre o tema, assim como no compartilhamento de informações em conjunto com plataformas digitais para tornar o assunto um tema cotidiano a ser debatido e conhecido, para que a partir disso a sociedade em geral receba consciência do assunto e o tema possa ser tratado de uma forma mais efetiva pelos locais que recebem casos de violência contra a mulher em uma base diária, evitando o feminicídio.