Fake news, quem está livre delas?

Como já dizia Orwell em sua obra de ficção 1984; função de certas palavras da ”novilíngua” não era de expressar significado, mas de destruí-los. Assim, existe a crença de que fake news  são inofensivas. Porém, as consequências são graves e envolvem desde o aumento de transtornos psicológicos até questões políticas, impactando a todo cidadão do país.

      A grande maioria dos cidadãos encara fake news como a simples propagação de notícias falsas por pessoas idosas ou pouco familiarizadas com tecnologia, mas os impactos são muito mais sérios do que postagens de mensagem em grupos, já que o mundo virtual pode ter consequências graves no mundo real.

             A população é afetada de inúmeras formas, como, por exemplo, no caso do movimento anti-vacinas, que defende o não uso de vacinas em crianças, por causar doenças, o que não é plausível pois as vacinas contêm antígenos, ou seja, uma parte do material genético causador da doença, morto ou inativo, que estimula a produção de anticorpo natural pelo nosso corpo. Como consequência, tem ocorrido o surto de doenças já erradicadas, como o sarampo.

              Além disso, um estudo recente da Universidade de Twente, na Holanda, mostra que atitudes políticas são significativamente influenciadas por fake news, mesmo entre as pessoas mais atentas e bem informadas. Assim, a notícia inverossímil afeta a vida de todos, o presente e o futuro de toda uma nação.

       Portanto, noticias falsas não são inofensivas, afetam a todos nós e o combate a tais práticas é cada vez mais urgente. Uma das soluções seria que o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em parceria com empresas da área de inteligência artificial desenvolvesse algorítimos para a detecção e remoção de fake news antes de sua propagação, evitando assim a disseminação de notícias ”perigosas”.