Excesso de trabalho e saúde mental

No filme de Charles Chaplin ele retrata um episódio da história, caracterizado de fordismo, onde se vivia um cenário de atividade repetitiva e sem muitos cuidados com a relação ‘’empregado e patrão’’. De forma análoga, na sociedade atual é possível observar um excesso de trabalho e um descaso com a saúde mental do trabalhador. Dessa forma, ficando em aberto duas problemáticas, não só as más condições de trabalho, mas também os problemas de saúde acarretados.

  Primeiramente, é perceptível que as relações sociais na maioria das empresas, sejam ela de grande ou pequeno porte, é um enorme descaso humano. De acordo com a Secretaria de Previdência de São Paulo, em 2018, foram 73 pedidos de auxilio doença, por motivos de problemas emocionais. Pois, em um ambiente em que o trabalhador além de exercer sua obrigação diária e não ter contato humano e preocupação alheia, da parte de seus superiores, é difícil evitar o estresse e a aflição excessiva, não só com o trabalho, mas também sua vida fora dele.

  Como também, as doenças que estão relacionadas a essas más relações sociais. Por conseguinte, tem a ansiedade como exemplo, uma doença emocional em que diante de tanta pressão, sobre si mesmo, acaba levando a problemas que não existem, mas a mente os simula por estar sobrecarregada, como os sintomas de febre e falta de ar na maioria dos casos. Logo, parafraseando o pensador Bauman, as relações humanas tornaram-se liquidas, pois, o contato e cuidado com o próximo se tornou extinto.

  Urge, portanto, que medidas sejam tomadas para evitar que mais casos de excesso de trabalho e problemas na saúde mental venham à tona. Logo, cabe ao Ministério do Trabalho, atuar com medidas para as empresas por meio de decretos que obriguem consultas com psicólogos e momentos de lazer para todos os funcionários, como obrigação pelo menos duas vezes no mês. Para que, as relações trabalhistas, tornem-se mais saudáveis em qualquer ambiente para o empregado e o patrão.