Evasão escolar no Brasil: causas e consequências.

Século 21 e o Brasil ainda possui altos índices de evasão estudantil. Os motivos são diversos, mas o mais comum é que os jovens deixem a escola por dificuldades financeiras e pela falta de interesse no sistema educacional. A má distribuição de renda e o pouco investimento em tecnologia contribuem no distanciamento entre uma parcela dos alunos e a sala de aula. Tais afastamentos geram dificuldades na inserção no mercado de trabalho e podem comprometer as capacidades intelectuais e cognitivas.

Inegavelmente, no cenário educacional, as pessoas com menos receita são as que apresentam os maiores índices de evasão escolar, que se dá quando o aluno não se matricula no ano seguinte. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2019, 11,8% dos jovens de baixa renda estavam fora do ambiente estudantil. Isso se dá principalmente pela necessidade de auxiliar na renda familiar, ou quando a escola deixa de ser atraente, tanto pela proposta pedagógica, tanto pela metodologia de ensino, uma vez que o aluno não se vê como protagonista no processo de aprendizagem.

Por outro lado, tem-se como reflexo da sociedade a distribuição de renda precária do País. A evasão escolar motiva em muitas situações uma entrada precoce no mercado de trabalho, gerando subempregos ou empregos com baixa remuneração. Ademais, o pouco investimento em tecnologia no ensino público, em especial nas modalidades fundamental e médio, acabam por desestimular os alunos, pois, as formas mais tradicionais com quadro e caderno por si só não são suficientes para atrair e estimular o discente. Além disso, os jovens com baixa escolaridade tendem a apresentar dificuldades intelectuais e cognitivas, ocasionando em alguns indivíduos impedimentos na construção de raciocínio lógico e interpretação de texto contribuindo infelizmente para o analfabetismo funcional.

Com o propósito de evitar a evasão escolar, o MEC (Ministério da Educação) deve investir mais na educação de base. Com o repasse de verbas e equipamentos mais equiparados entre os setores fundamental, médio e superior. Concomitante a isso, será necessário a qualificação dos profissionais, para que assim as escolas se tornem mais atrativas e os alunos se mantenham motivados durante a trajetória educacional. Dessa maneira, uma das principais formas para combater a evasão escolar e a má distribuição de renda, é o investimento eficiente na educação brasileira, pois para Sêneca “A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida.”