Evasão escolar no Brasil

No atual século XXI, a educação, mais do que nunca, é uma ferramenta de construção social, determinando, portanto, as probabilidades de um indivíduo possuir um bom emprego e uma vida digna. Porém, o mercado com estas requintadas exigências tornou-se um meio exclusivo para indivíduos com alta formação profissional, portanto, também se tornou um ambiente injusto, de alta concentração de monopólio e, controle de classes sociais. Neste âmbito, a evasão escolar é uma mazela imprescindível, causadora da crescente desigualdade social.

Para evita-la, carecem-se incentivos públicos impedindo a evasão escolar no Brasil, principalmente em regiões como o Norte e o Nordeste, onde quase 15% da população não tem domínio da leitura e da escrita. Tais regiões necessitam seriamente de incentivos aumentando a acessibilidade ás escolas, oferecendo transporte e o acesso a materiais didáticos. Diversas famílias não detêm condições para bancar a alfabetização dos filhos, obrigando estes, a começarem a trabalhar precipitadamente, entretanto, diversas vezes estes, possuem efeito contrário, levando-os a desistir completamente dos estudos.

Contudo, nas ademais regiões do Brasil, a problemática encontrada é outra, a contradição entre a escola e a realidade. Encontra-se nestes casos, a dificuldade de gozar-se do currículo escolar para obter um ofício, pois, a grade curricular contemporânea, não contempla as exigências do cotidiano. Assim, esta se torna desinteressante aos alunos, desta forma, muitos optam pela evasão escolar, tendo em mente o pensamento distorcido de que podem atingir o sucesso profissional de outras maneiras, principalmente pelas ilícitas.

Devido ao exposto, faz-se obrigatória uma reavaliação da grade curricular oferecida pelo Estado, bem como incentivos ao estudo, por parte deste e do Ministério da Educação. Estes devem oferecer um currículo adequado ás necessidades específicas de cada região, oferecendo também, um kit de estudo específico a famílias com comprovação de renda menor que 2 salários mínimos, assim, reduzindo o número de indivíduos que não possuem condição de pagar pelos materiais didáticos e, tornando a escola mais atrativa para todos que almejam obter uma vida melhor.