Evasão escolar e a realidade brasileira

Para a filósofa Hannah Arendt” a essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos”. No entanto, muitos jovens, no Brasil, não usufruem plenamente dessa garantia ao deixarem o colégio sem sequer concluir ensino fundamental. Nesse viés, a evasão escolar é uma realidade brasileira que tem como causa: a irracionalidade e a insuficiência legislativa.

A princípio, a lacuna do pensamento racional caracteriza-se como complexo e dificultador. Segundo Hegel – um dos filósofos mais importantes da história – a razão rege o mundo. Porém, verifica-se uma atuação da irracionalidade na questão da evasão escolar, que muitas das vezes, adolescentes tomam decisões baseadas em critérios alheios ao pensamento racional ou planejamento a longo prazo, não visando os efeitos que a omissão educacional pode causar em sua vida. Tais como: um trabalho informal, propensão ao crime e até a prostituição. Assim, sem a presença de uma lógica que permita tomar decisões de bom senso, esse problema tem sua intervenção dificultada.

Ademais, é fundamental apontar a ineficácia legislativa como um impulsionador do impasse. Nesse sentido, o filósofo John Locke defende que “as leis fizeram-se para os homens e não para as leis.” Ou seja, ao ser criada uma lei para garantir que crianças e adolescentes permaneçam na escola, é preciso que haja políticas públicas investimento massivo. Mas, sem em que a regulamentação
seja projetada para as pessoas. Desse modo, esse desafio continua sendo a realidade brasileira.

Portanto, como solução, o Ministério da Educação, em parceria com ECA, deve desenvolver campanhas e palestras – a serem webconferenciada nas redes sociais desses órgãos – por meio de professores e psicólogos, a fim de trazer mais lucidez sobre a evasão escolar e erradicar a irracionalidade social e potencializar as leis.