Evasão escolar: como garantir acesso às tecnologias educacionais Stoodi

O vencedor do prêmio Nobel, Nelson Mandela, afirmou que a educação é o melhor instrumento para se mudar o mundo. Nesse sentido, muitos alunos brasileiros, infelizmente, deixam de ter acesso a esse privilégio e, devido à escassez de acesso às tecnologias educacionais, preferem abandonar as escolas. Destarte, vale ressaltar o papel da desigualdade socioeconômica e da falta de intervenção estatal para a continuidade dessa problemática.

Dessa forma, em primeiro lugar, convém compreender o modo pelo qual a ausência de equidade social e econômica contribui para o impasse. Nesse contexto, o filósofo inglês Thomas Morus, em sua obra “Utopia”, descreve uma sociedade harmônica, na qual inexiste desigualdades e favorecimentos pessoais. Em contraste, no Brasil contemporâneo, ocorre o contrário da idealização de More, posto que muitos alunos, os quais não possuem condições socioeconômicas para possuírem aparatos tecnológicos, evadem as escolas brasileiras. Dessarte, é perceptível que as escolas públicas, em sua maioria, não têm computadores, o que dificulta, por exemplo, a realização de trabalhos, os quais, por vezes, tornam necessários programas computacionais para serem feitos.

Ademais, é imprescindível discorrer sobre a importância da intervenção estatal, a qual tem sido escassa, para a promoção do acesso aos recursos tecnológicos. A esse respeito, o filósofo Thomas Hobbes afirma que o Estado se torna responsável pelo bem-estar social, a partir do momento em que firma um contrato com a sociedade, no qual a população abdica parcialmente de sua liberdade em prol do bem comum. Por outro lado, o Governo brasileiro não cumpre adequadamente a responsabilidade prevista por Hobbes, pois não promove o acesso a salas de informática para a maioria dos estudantes de escola pública, o que impede, por exemplo, a realização de pesquisas em sites – como o Google -, os quais agilizam o aprendizado, pois dão acessibilidade a fontes diversas de conhecimento.

Depreende-se, portanto, que cabe ao Poder Executivo – responsável por vetar e promulgar leis, assim como criar e recolher impostos – criar um projeto que realizará a construção de salas de informática em escolas públicas, com a finalidade de diminuir o índice de evasão escolar gerado pela falta de acesso às tecnologias educacionais. Além disso, o dinheiro público será utilizado para a compra de computadores, mediante a concorrência de empresas terceirizadas que os disponibilizem, em conjunto à contratação de profissionais na área de Informática que instruirão quanto ao uso de computadores aos alunos.