Evasão escolar

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“A educação não transforma o mundo. A educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”. A frase dita por Paulo Freire, associada à essencialidade da instituição escolar diante do desenvolvimento social do indivíduo ressaltada por Weber, demonstra a importância das escolas quando se analisa o papel desses órgãos sobre o progresso político-social. Observado esse aspecto, cabe destacar e avaliar os principais motivos que corroboram para a contínua evasão escolar no Brasil, a qual se torna um paradoxo, haja visto o papel fundamental dessas instituições para o desenvolvimento humano e social.
Em primeiro lugar, é preciso compreender que, como quase a totalidade das escolas públicas ainda apresenta o modelo tradicional de ensino, o entusiasmo e motivação fundamentais à esfera educacional diminui, o que prejudica a constância dos alunos – em sua maioria, crianças e jovens – nesses ambientes. A Escola da Ponte, localizada em Portugal, é um exemplo de como os novos planos de ensino operam. Nestes locais, tanto a aprendizagem curricular quanto a aprendizagem psicossocial são estimuladas, tornando mínimos os números de evasão.
Além disso, é necessário elencar que os índices de interrupção escolar no Brasil se direcionam a um grupo específico de pessoas: negros, pobres e marginalizados. De acordo com Jessé Souza, sociólogo brasileiro, o país apresenta, em sua estrutura, a denominada “ralé de novos escravos” – classes populares gestadas desde o período colonial. Para ele, portanto, considerado este aspecto, notar-se-á que a manutenção social do Brasil se perpetua a partir de geração em geração por meio do estimulo a trabalhos manuais e à indisciplina escolar para classes mais baixas e à aquisição de patrimônio cultural para classes mais altas, garantindo, desse modo, o já estabelecido status quo.
Fica claro, portanto, que a evasão escolar do país é constante por motivos político-estruturais. Nesse sentido, considerando as infinitas variáveis que distanciam a sociedade portuguesa, por exemplo, da brasileira, necessita-se de projetos que busquem rever o modelo tradicional de ensino, como a promoção de campanhas, debates e capacitações de professores, organizadas pelo Ministério da Educação, os quais viabilizem o novo modelo educacional adotado pela Escola da Ponte. Assim, espera-se que a frase de Paulo Freire se torne concreta, já que programas como estes contribuem para transformações sociais e estas para o amadurecimento daqueles, desfigurando, assim, o conceito elaborado por Jessé.

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2 Correções

  1. Boa tarde Ana lor, gostaria de lhe parabenizar primeiramente pelo seu esforço e a sua dedicação.
    Pontos positivos de sua redação:
    1- Domínio da modalidade escrita formal 👍
    2- Grande conhecimento do assunto que foi abordado ✌️
    3- Ótimas citações 😁
    4- Entre pontuação e vírgula não é o meu forte, mas acredito que você se saiu muito bem 😎
    5- Soube dizer quem poderá solucionar esse problema, que é o ministério da educação 👏
    Pontos negativos de sua redação:
    1- Para a introdução tem um modelo de como deve ser feito.
    INTRODUÇÃO: Apresentar o tema + 2 argumentos + a importância de ser discutido
    OBS: Na sua introdução faltou os 2 argumentos que seriam discutidos no desenvolvimento.
    2- Modelo de desenvolvimento
    DESENVOLVIMENTO: Tópico frasal + coerência + coesão.
    OBS: No seu desenvolvimento faltou o tópico frasal, onde aborda a ideia central da sua redação, com citações, dados estatísticos, fatos históricos, poema, filmes, etc.
    OBS: Faltou principalmente os dados estatísticos para dar mais credibilidade em seus argumentos.
    3- Modelo de conclusão
    CONCLUSÃO: Torna-se evidente, portanto, que + escrever os dois argumentos com outras palavras afirmando a sua causa e consequência + dar soluções.
    -Quem vai resolver.
    -O que vai resolver.
    -Como vai resolver.
    -para que vai resolver ou afim de que que.

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  2. Oi Ana, tudo bem? Seu texto está muito bom! Você demonstra conhecer bem a gramática, além de ter um ótimo repertório sociocultural, levando a entender que você possui conhecimento do tema. Uma coisa que eu acho que poderia potencializar o seu texto seria a incrementação de dados estatísticos relacionados a suas referências, como em “índices de interrupção escolar no Brasil se direcionam a um grupo específico de pessoas: negros, pobres e marginalizados”. Na proposta de intervenção você utilizou bem a citação de Paulo Freire, ligando a introdução ao desfecho do texto, parabéns!

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