Iniciante

Estigmas relacionados às doenças mentais na sociedade brasileira

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Para Émile Durkheim, um dos “pais” da sociologia, a sociedade atua como um organismo vivo, que funciona de forma independente e coletiva. Sendo assim, o estigma relacionado às doenças mentais age, no Brasil, como uma patologia, afetando o escopo social. Nesse contexto, tal preconceito é uma nefasta realidade, seja por suas raízes na banalização das doenças mentais, seja por suas lastimáveis conseqüências. Portanto, é de extrema urgência neutralizar essa situação.

Em primeiro lugar, é importante analisar a causa dessa conjuntura. Dessa maneira, o sociólogo George Simmel descreve a “Atitude Blasé” como a banalização de problemas sociais comuns, isto é, de alta ocorrência. Sob tal ótica, entende-se que as doenças psicológicas são, de fato, banalizadas, visto que o Brasil é o país com mais pessoas depressivas da América do Sul e, assim, é evidente que esse é um fator determinante na permanência desse preconceito no país, isso porque dificulta a percepção tanto social, quanto governamental da problemática. Destarte, prova-se importante conscientizar a população da ocorrência desse problema, para que ele se compreenda ínfimo.

Em segundo lugar, é necessário ressaltar as resultantes dessa realidade. Desse modo, o sociólogo Zygmunt Bauman descreve, em seu conceito de modernidade líquida, que as relações sociais modernas se são de forma fluída, resultando em uma sociedade cada vez mais individualista. Nesse viés, infere-se que o preconceito com as doenças neurais gera uma sociedade ainda mais individual, haja vista que as pessoas que sofrem tais preconceitos tendem ao isolamento severo, caso que aconteceu com o streamer “Dileira” – portador da síndrome de Tourette. Dessa forma, entende-se que atitudes devem ser tomadas para que o caso do streamer não se repita.

Diante do exposto, é mister que o Estado tome providencias para superar o quadro atual. Nesse escopo, para ajudar as pessoas que sofrem os preconceitos e reduzir os estigmas, urge que o Ministério da Saúde – responsável por garantir o bem-estar da população – promova projetos de atendimento psicológico gratuitos, por meio da instalação de sedes especializadas nesse âmbito por todo Brasil. Enfim, o agente patológico não estará mais presente na sociedade descrita por Durkheim e o estigma se tornará ínfimo.

(Se puderem dar uma nota estilo ENEM agradeço muito!)

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3 Correções

  1. Olá Vitor! Bom vamos lá, o inicío da sua redação está muito bom, mas ao longo da sua escrita, eu percebo que você se perdeu ao longo do texto.
    “urge que o Ministério da Saúde – responsável por garantir o bem-estar da população – promova projetos de atendimento psicológico gratuitos, por meio da instalação de sedes especializadas nesse âmbito por todo Brasil.” Aqui você cita que o Ministério da Saúde precisa promover projetos de apoio psicológico mas em nosso país já temos algo bem parecido que é o atendimento gratuito para tratamento da depressão oferecido pelo SUS, mas acho estremamente coerente a sua tese. Eu não costumo fazer correções com notas no estilo ENEM, então em nota “escolar” eu te daria 8,5. Continue praticando e sua escrita ficará perfeia!

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  2. Introdução:

    É uma excelente introdução, considerando-se que você soube contextualizar a referência de Émile Durkheim com o tema, além de deixar claro qual era a sua tese: a banalização das doenças mentais – como causa – e suas consequências. Ainda, pontuou o quão pejorativo tal realidade é para nossa sociedade, rogando mudanças.

    Desenvolvimento:

    2° parágrafo: bom começo de desenvolvimento. Você retomou a sua tese de que a banalização é a causa do estigma, e isso com uma referência correspondente, o que realça o conhecimento sobre o tema em questão. Agora, quanto à conclusão decorrente da banalização nacional, não é válido dizer que, por isso, o Brasil é o país com mais pessoas depressivas, já que o mesmo possui a maior população da América Latina, podendo (este número de enfermos) ser mero reflexo do contingente populacional. Além disso, a palavra “ínfimo” denota pequeno, não enquadrando-se neste período: “Destarte, prova-se importante conscientizar a população da ocorrência desse problema, para que ele se compreenda ínfimo.”. Isso pois queremos que os residentes percebam este problema como algo demasiadamente grave.

    3° parágrafo:

    Perfeito! Há a retomada da tese no âmbito das consequências do estigma, aliado à referência de Bauman – uma ótima citação, diga-se de passagem. A alusão do caso Dilera também é um ponto pertinente, pois mostra, mais uma vez, que você está por dentro deste assunto, com alusões atuais.

    Conclusão:

    Completíssima introdução: você disse que é necessário mudanças, sendo um bom começo de parágrafo. Os itens “quem”, “o que”, “como” e “para que” foram todos respondidos, junto do detalhamento no elemento “quem”. Para além disso, fechou a conclusão com a retomada da introdução, frisando o planejamento textual. Só uma coisa: aqui “Enfim, o agente patológico não estará mais presente na sociedade descrita por Durkheim e o estigma se tornará ínfimo.” você usou ínfimo novamente no final de parágrafo, o que pode lhe tirar alguns pontos por repetição de palavras (tome cuidado!).

    Nota: 960

    Competências
    1: 180, visto o uso incorreto de ínfimo e sua respectiva repetição.
    2: 200
    3: 180, em virtude da interpretação inadequada quanto ao fato de o Brasil deter o maior contingente de pessoas com depressão.
    4: 200
    5: 200

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  3. Tá ok, introdução muito bonita, mas vejamos bem… Ao decorrer da redação, vc fala muito sobre preconceito, ficou repetitivo demais, poderia ter se aprofundado mais em explicar sobre as doenças mentais!
    Conclusão está ok, mas falta detalhar mais.
    Como você pediu uma nota…
    Eu não sou corretora de redação profissional, não ainda, porém, essa tua redação, creio eu que ficaria em torno de 720 a 780.

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