O Estigma Associado às Doenças Mentais na Sociedade Brasileira

A Constituição de 1988, o mais importante documento jurídico, em seu artigo 6°, prevê o direito à saúde para o povo brasileiro. No entanto, tal importante elemento não tem sido garantido de forma eficaz à todos, sobretudo em matéria dos estigmas associados às doenças mentais. Sendo assim, é de suma importância a análise dessa problemática.

À primeira vista, o governo se mostra ineficaz no apoio aos acometidos por essas enfermidades, dada a precariedade do tratamento oferecido, em um sistema de saúde igualmente deficiente. Dessa forma, o Estado não cumpre com o seu contrato social, descrito pelo filósofo contratualista John Locke como o acordo que o governo faz com os cidadão, atendendo às necessidades dos mesmos.

Além disso, é importante ressaltar que, de acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde, quase 5% dos brasileiros são acometidos por doenças mentais. Apesar disso, é grande a falta de informação acerca desse tema, o que agrava ainda mais o quadro, seja devido ao preconceito sofrido pelo enfermos, por parte do que não compreendem a doença e a tratam como frescura, ou devido ao não reconhecimento, pelo doente, da própria moléstia.

É, portanto, dever do Estado, sobretudo do Ministério da Saúde, promover campanhas de conscientização e divulgar informações acerca dos problemas mentais, por meio de propagandas televisivas e distribuição de panfletos em unidades de saúde. Além disso, é necessário a implantação de mais centros de atendimento, e a maior capacitação dos profissionais para lidar com doenças mentais, através de palestras, com o apoio das prefeituras. Dessa forma, o Estado cumpriria seu papel perante a sociedade, sobretudo em matéria de saúde mental.