A constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6º, o direito a saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o baixo nível de tratamento dado para pessoas que sofrem de problemas mentais. Nesse sentido, em postos de saúde, os transtornos mentais apresentam prioridade reduzida em seu atendimento se comparados à doenças físicas, o que inflige na prescrição de medicamentos sem a devida atenção e na piora do quadro do paciente. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a saúde, o que infelizmente é evidente no país.
Ademais, é fundamental apontar a falta de debate como impulsionadora do preconceito e da falta de informação com relação às doenças mentais. Segundo a filósofa francesa Simone de Beauvoir, o mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles. Essa afirmação pode ser facilmente atribuída a questão da problemática, já que mais escandalosa do que a sua ocorrência é o fato da população se adaptar a ela. Diante de tal exposto, não ocorre uma discussão dos aspectos que levam uma pessoa a desenvolver problemas como ansiedade e depressão, o que favorece o quadro. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Governo Federal, responsável por regrar e organizar a sociedade,em parceria com o Ministério da Saúde invista na construção e promoção de clínicas psiquiátricas públicas, com atendimento presencial e digital, por intermédio da divulgação dos locais de consulta em redes sociais de amplo acesso, como “Facebook” e “Youtube” a fim de promover atendimento gratuito e de qualidade à população. Assim, se consolidará uma sociedade mais saudável, onde o
Estado desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke.
alans.
Há desvios da norma culta da língua portuguesa: gramáticais; poucos, aliás.
O texto atende à estrutura dissertativa-argumentativa.
O escritor demonstra conhecimento do tema e o desenvolve de forma satisfatória, com tese, argumentos e conclusão coerentes. Mas, no segundo parágrafo, deveria haver um dado para justificar que os postos de saúde priorizam outros tipos de doenças, deixando de lado, assim, as doenças psicológicas.
A conclusão está de acordo com o desenvolvido no texto.
Além disso, o texto apresenta marca de autoria própria.
Notas:
Competência 1: 200;
Competência 2: 160;
Competência 3: 160;
Competência 4: 200;
Competência 5: 160.
Total: 880
MaiconMian
Entendo pouco sobre redação pois estou aprendendo, mas na minha concepção você com toda certeza tira mais de 800.Gostei das citacoes, do bom uso do conectivo e da norma padrão da língua inglesa, infelizmente nao consigo te ajudar com uma nota 100% exata porque nao entendo também como funciona exatamente. Mas foi uma ótima redação!