Esporte e Cidadania

O país do futebol é também o país da fome e das mazelas sociais. Pois muitas pessoas não tem acesso ao esporte como transformador social. Seja pelo incentivo precário à prática, ou pela falta de estrutura física, os valores esportivos não estão totalmente inseridos na sociedade. Logo, é mister o debate sobre a problemática e suas possíveis soluções.

Primeiramente, o esporte proporciona vários aspectos positivos para o individuo, como senso coletivo, ética, disciplina e respeito ao próximo. Segundo o jornalista Fernando Flores, “o esporte é a ferramenta de inserção social mais eficaz, pois o resultado é imediato e as transformações são surpreendentes”. Nesse sentido, falta uma abordagem mais direta e eficaz, do Governo, para proporcionar a prática esportiva de maneira efetiva no Brasil. Além disso, apenas o futebol é colocado em destaque, deixando várias modalidades em segundo plano.

Outrossim, a falta de locais para prática dos desportos. Segundo o ideário Keynesianista, o Estado deve garantir, entre outros, o direito ao esporte. No entanto, sem os devidos espaços, públicos e gratuitos, para toda população, a transformação social não ocorrerá. Com isso, crianças e jovens de comunidades carentes ficam às margens da cidadania e propensas ao crime. Ou seja, enquanto o pensamento excludente da meritocracia considerar o esporte apenas como uma brincadeira ou recreação, haverá mazelas.

Em suma, faz-se necessário mudanças diametrais na prática esportiva do Brasil. Para isso, O Ministério da cultura, através de suas secretárias municipais, deve oferecer bolsas para quem já prática esporte, com recursos da Lei Rouanet, afim de atrelar a prática esportiva a vida acadêmica, para formar além de atletas, cidadãos completos. Desta forma, a  devida orientação sobre valores éticos e morais em paralelo a perspectivas de futuro, trará a inclusão pelo esporte.