No ano de 1888, a Princesa Isabel, em razão da ascensão dos movimentos abolicionistas em vigência, assina a Lei Áurea, que determina ilegal qualquer prática de escravidão, resultado assim na abolição da mesma.Apesar da significativa influência da lei contra a realização da prática, a mesma, de modo semelhante à empregada no período colonial e imperial, ainda se encontra presente hodiernamente.Assim sendo, é premente que se discuta as seguintes questões: Omissão governamental na punição dos envolvidos e no desenvolvimento social das populações majoritariamente afetadas.
De início, é mister entender que, no Brasil, essa conjuntura ainda se encontra de modo acentuado em razão da falta de políticas que punam os responsáveis por tais atos.Isso é resultado da herança colonial aqui presente, que evidencia a negligência das autoridades para com os menos afortunados em prol da disponibilização de privilégios para aqueles que se encontram em uma classe social acima – algo visto com mais veemência na República Oligárquica(1894-1930).Isso fica evidente com base na análise dos dados referentes a população exposta a essa situação – de acordo com a Fundação WalkFree, da Austrália, em 2014, eram 155,3 mil, e em 2018, 161,1 mil, só no Brasil – , apesar do considerável número de libertações – de acordo com o Ministério do Trabalho, nos últimos 20 anos, quase 50 mil pessoas foram libertas – o que evidencia que a prática, apesar de já bem conhecida, só tende a crescer.
Comcomitantemente, a falta de desenvolvimento de políticas públicas para melhorar as condições de vida dessas pessoas – majoritariamente expostas a essa conjuntura – se mostra um entrave.Atualmente conhecida como ”escravidão por divída”, a mesma ocorre em razão do contrair de pendências por parte de uma população humilde, que, por intermédio do chamado ”gato”, são induzidos, com perspectivas de garantir o seu sustento, a trabalhar em regiões distantes, já se endividando, por exemplo, com o custo do transporte.Levando em consideração que esse contingente de pessoas é, predominantemente, proveniente do Norte e Nordeste – regiões historicamente negligenciadas – , fica clara a influência da escassez de políticas públicas para a manutenção do problema.
Com base na análise dos dados supracitados, urge que esse problema seja contornado.O Ministério da Justiça e Segurança Pública deve, por meio de uma emenda à constituição proposta à Câmara dos Deputados, tornar esse crime inafiançavel, resultando na devida punição aos envolvidos, independente da sua condição social.Paralelamente, o Ministério do Desenvolvimento Social – hoje integrado ao Ministério da Cidadania – deve, por meio de verbas governamentais, investir no desenvolvimento da infraestrutura – escolas, universidades, departamentos de polícia, hospitais, entre outros – de regiões carentes, para que assim a população ali presente possa dispor de uma qualidade de vida, que impossibilite o recrudescimento dessa conjuntura no mundo hodierno.
POR FAVOR, AVALIEM COM BASE NAS COMPETÊNCIAS DO ENEM , LEVANDO EM CONTA QUE OS DADOS DO SEGUNDO PARÁGRAFO – SOBRE A FUNDAÇÃO WALKFREE E DO MINISTÉRIO DO TRABALHO – FORAM PEGOS DOS TEXTOS MOTIVADORES.
ceciamaral
Olá, parabéns pela redação!
Você repetiu “a mesma” duas vezes no primeiro parágrafo, talvez seja melhor substituir essa expressão por outra sinônima.
Também não vejo o excesso de dados no segundo parágrafo como algo positivo. Talvez seria melhor fazer algo mais enxuto e objetivo.
Sua conclusão está incrível! Parabéns.
No mais, achei que sua redação tem boas palavras e é bem estruturada, mas você pecou um pouco no excesso de informações.