Escravidão contemporânea e seus efeitos

O Brasil construiu-se aos moldes da escravidão, nos primórdios da colonização os indígenas foram explorados para retirada de pau-brasil, posteriormente navios negreiros trouxeram milhares de africanos ao país para trabalhar nas lavouras de açúcar, e já no período repúblicano indivíduos de outras etnias foram chamados para trabalhar nas fazendas cafeeiras. Hoje, a escravidão no país é proibida desde de 1888, porém essa prática ainda persiste na vida de muitos brasileiros.
É possível observar em noticiários que muitas empresas com o intuito de diminiur seus gastos, optam pelo trabalho escravo ou análogo a escravidão, neste é passado ao indivíduo uma insignificante parcela dos lucros produzidos, além de ser isento de direitos como férias remuneradas e descanso semanal previstos na CLT, a Consolidação das Leis Trabalhistas. Esses “funcionários” não saem dessa condição pois têm seus documentos confiscados, são retidos por força física ou até por não ter consciência de sua exploração.
O tráfico de pessoas para realização de trabalho escravo é uma atividade muito comum, geralmente é oferecido um trabalho bem remunerado em um outro país e chegando lá o indivíduo não encontra aquilo que lhe foi prometido, tem os seus bens confiscados e é obrigado a permanecer naquele local, pagando com o seu trabalho para receber o mínimo para sua sobrevivência naquele estado estrangeiro e sem chance de retornar ao seu país de origem.
Mesmo com a proibição da escravização no Brasil, companhias ainda praticam, de forma clandestina, o ato de escravizar indivíduos com o intuito de beneficiar a si mesmas. Portanto, é necessário uma maior fiscalização por parte do governo vigente em cada país, das práticas utilizadas por empresas, certificando-se assim de que não hajam infringências das leis previstas na CLT e os funcionários tenham acesso aos seus direitos.