Epidemias no Brasil contemporâneo: os limites entre os cuidados e o preconceito.

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      O deslocamento populacional intercontinental, impulsionado pelo advento da Primeira Guerra Mundial, possibilitou a rápida veiculação viral da Gripe Espanhola no século XX. Analogamente, com a intensificação do processo de globalização, na hodiernidade, epidemias são transformadas em pandemias constantemente. Nesse contexto, os países com despreparo tecnológico e com defasado desenvolvimento na saúde regional, como o Brasil, estão suscetíveis à potencialização dessa problemática. Assim, convém analisar o deficitário sistema de saúde pública e a procura por responsáveis na disseminação de infecções no cenário atual.

      Em primeira análise, em alusão às ideias dos filósofos Contratualistas, o “Pacto Social” sinaliza o Estado como provedor da harmonia na comunidade. Entretanto, o surgimento e a difícil erradicação de afecções, ao longo da história, evidencia o não cumprimento desse pacto, uma vez que com a ineficiente logística do sistema de saúde brasileiro, há  a naturalização populacional de procurar tratamento após a obtenção da doença, isto é, a prevenção é negligenciada. Consequentemente, com o aparecimento de epidemias, a área da saúde ficará saturada e impossibilitada de atender todos os cidadãos.

      Ademais, a intensa exploração do meio ambiente e  contato indiscriminado com animais silvestres propiciam índices epidêmicos. Sob essa perspectiva, segundo o líder pacifista indiano Mahatma Gandhi, a natureza pode suprir todas as necessidades humanas, menos a sua ganância. Por esse pensamento, é inviável estabelecer culpados pelas enfermidades, já que a ação antrópica no meio natural é universal. Além disso, indicar responsáveis acentua ações preconceituosas, oportuniza atitudes segregacionistas e estabelece embates étnicos.

      Depreende-se, portanto, que falhas na saúde pública e o ato de culpabilizar nações constituem obstáculos. Para superá-los, cabe ao Ministério da Saúde desenvolver a área preventiva, por meio de divulgações nas plataformas oficiais das campanhas de saúde mensais com a possibilidade de agendar consultas online, com o fito de mobilizar os indivíduos a aderir à causa, haja vista que a espera excessiva é um fator negativo que gera o descaso das pessoas. Outrossim, transmissões midiáticas dever enfatizar a inexistência de culpados pelas enfermidades.

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5 Correções

  1. Oi! vou corrigir sua redação

    Introdução: Quando você cita a gripe espanhola, poderia ter dito que ela se tornou uma pandemia, para assim o leitor entender porque você está comparando ela com as pandemias atuais.
    Você escreve bem, mas acho que com essa última frase ficou meio confusa saber qual seria a sua tese, pois no fechamento conclusivo, quando você diz “assim, é preciso…” você não fecha a introdução retomando o despreparo tecnológico que tinha citado antes, apenas retoma o deficiente sistema de saúde e acrescenta sobre a procura por responsáveis (que você não tinha falado antes) então ficou confuso identificar do que você falaria no resto do texto, consequentemente a tese não ficou clara para o leitor

    D1: De novo, você escreve bem, mas nesse parágrafo acabou fugindo um pouco do que tinha citado na introdução (que é o deficiente sistema de saúde), você acabou falando mais das consequências do sistema ruim de saúde (que é as pessoas não se prevenirem e depois os hospitais ficarem saturados) mas poderia ter discutido sobre o sistema ser ruim, por que é ruim? o que falta? quais os problemas? explique pro leitor
    Se você tivesse falado primeiro dos problemas do sistema e porque ele é ruim e depois falasse sobre as consequências então ficaria perfeito. Eu trocaria a parte na qual você fala do Estado por falar sobre o sistema ser ruim (mostrando ao leitor que ele é ruim, poderia trazer dados sobre e então deixaria o restante

    D2: Aqui você não citou em nenhum momento a questão da tecnologia (que você falou na introdução), ou seja, o texto não concordou com a introdução. Acho que essa citação ficou meio deslocada sabe? pois ela fala sobre ganância mas você não debate sobre o homem explorar demais a natureza, mas sim sobre não poder apontar culpados já que todos usam a natureza e escolher culpados promoveria preconceitos, assim você não tornou a citação produtiva, pois o que você diz no texto não coincide direito com a citação. Você precisa ligar melhor as ideias, elas devem ter relação, fora isso você tem uma boa escrita e escolhe bem as palavras, só falta as informações terem relação e defenderem um ponto de vista bem claro

    Conclusão: Você fez duas propostas, mas a da mídia ficou incompleta, falta elementos. Esse “com a possibilidade de agendar…” ficou meio deslocado, poderia organizar melhor as informações. As propostas são soluções ao problemas que você apresentou no texto, então você fez correto, parabéns.

    Te daria uns 600 pontos

    Continue usando conectivos e procure melhorar a relação entre as informações que você coloca. Me perdoe por qualquer erro, espero que tenha ajudado :)

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  2. C1: 200
    C2: 200
    C3: 160- não achei que o repertório usado no D2 foi tão produtivo, deveria desenvolver mais para que tenha um link com o tema
    C4: 200
    C5: 160- a segunda proposta que você colocou não ficou completa e a última frase ficou desconectada. Não é obrigatório fazer duas propostas na intervenção. Sugiro que no final, coloque uma frase de efeito relacionada ao repertório usado na introdução, assim, a redação fica um ciclo de ideias ;)
    Nota: 920

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  3. Olá ;)

    Bom texto.

    A introdução mapeou superficialmente o segundo parágrafo do desenvolvimento que apresenta com tópico a relação entre meio ambiente, ações de antrópicas e preconceito.

    Você utilizou bem o Ministério da saúde, mas na parte mídia, como agente da, acabou ficando incompleta a proposta.

    C1 : 200
    C2 : 200
    C3180
    C4 : 200
    C5 : 120

    NOTA : 900

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  4. C1= 200, apresenta domínio da norma padrão da língua portuguesa.
    C2= 200, apresentou repertório sociocultural abordando perfeitamente o tema.
    C3= 160, apresentou argumentos coerentes, mas poderia aumentar a quantidade para enriquecer a redação.
    C4= 180, apresenta domínio sobre os conectivos inter e intra parágrafos, só observar melhor a conexão entre argumento e pensador.
    C5= 200, proposta de intervenção completa, respeitando os direitos humanos.
    Total: 940. Você escreve muito bem, parabéns!!

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  5. Oi Victória.
    Então, sua redação está ótima, vc escreve muito bem.
    Na introdução vc começou com uma alusão histórica e no meu ver você soube contextualizar muito bem, sua tese está boa, porém tem uso de muitas vírgulas e isto não truxe muito ligação às frases, os argumentos estão bons.
    Os dois desenvolvido estão ótimos, vc soube defender bem os argumentos e soube fazer uma ótima apresentação do líder pacifistas.
    Na conclusão vc soube trazer uma boa proposta para o problema abordado, respondeu as perguntas (O que fazer? Quem vai fazer? Como vai fazer? Para quê?) Mas essa última frase da redação, ficou meio estranho e eu tive que ler de novo para entender e na hora da correção no Enem isso é a última coisa que queremos pois se ele ler de novo é provável q encontre erros.

    Enfim, desculpando qualquer coisa, não sou especialista. Fiz o meu melhor 😉

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