Epidemias na era da desinformação.

No filme Guerra Mundial Z, a disseminação de um vírus que transforma as pessoas em zumbis causa histeria mundial, resultando, principalmente, em uma grande corrida aos supermercados para fins de estocagem de bens de consumo.Fora das telas, apesar de não tão radicais quando a que foi apresentada no filme, é comum lidarmos com epidemias ou até pandemias, mas o aumento do nosso acesso às informações, muitas vezes maliciosas, resultou em um pânico que nos seus estados mais avançadas pode ser considerado hipocondria.

Em primeiro plano, urge entender como essas informações tendenciosas atuam na solidificação da histeria coletiva.As Fake News, como são conhecidas, se aproveitam do grande alcançe, principalmente, das redes sociais e do fraco ceticismo de seus usuarios para disseminar informações prejudiciais com fins de divertimento do emissor, ou em casos específicos, de prejudicar a imagem de alguém ou algo.Como já dito pelo contratualista inglês Thomas Hobbes, ”o homem é o lobo do homem”, algo que fica evidente com a disseminação de noticias falsas.

Em função disso, é comum que as pessoas, em função de uma criação tecnicista que não valoriza o pensamento critico, fiquem a merce da histeria vigente, principalmente, em momentos de crise.Evidentemente, esse pânico geral pode resultar em um colapso da saúde mental de certos indivíduos, algo visto, por exemplo, nos supermercados quando o senso de si se sobressai sobre o senso coletivo, resultando na estocagem desnecessárias de bens de consumo.

Após a análise dos argumentos supracitados, se torna necessário que a situação seja resolvida.Para isso, o Ministério da Educação(MEC) deve instalar no currículo escolar uma matéria que vise desenvolver melhor a capacidade de pensamento crítico dos nossos jovens.Só assim para que, em tempos de crise, a razão tenda a prevalecer sobre os nossos instintos.