Entre a saúde e o preconceito: o problema da obesidade e do sobrepeso no Brasil

“O importante não é só viver, mas viver bem”, frase do filósofo grego, Platão, que destaca a importância de uma boa qualidade de vida. Hodiernamente, essa qualidade de vida é prejudicada, entre outros fatores, pela obesidade e sobrepeso que atinge um grande número de brasileiros. Desse modo, devido ao descuido governamental e ao preconceito enraizado, essa realidade necessita ser revertida.

Diante desse cenário, vale ressaltar que o descuido do Governo com a população obesa agrava os danos que são causados à sua saúde, como doenças cardiorrespiratórias, hipertensão e diabetes. Ademais, ainda que o sedentarismo esteja presente na sociedade desde o período Pré-histórico, nos dias atuais, ele atinge a maior parte das pessoas que estão acima do peso, o que lhes traz um enorme prejuízo à saúde. De acordo com pesquisas divulgadas pelo Ministério da Saúde, 1/5 da população do Brasil está acima do peso, destes indivíduos, grande parte é sedentária e sofre problemas de saúde acarretados com a obesidade e sobrepeso, o que caracteriza uma falha governamental com a sociedade.

Outrossim, o preconceito enraizado é um dos fatores prejudiciais aos obesos, analogamente, os obesos e sobrepesos sofrem, não só com problemas relacionados à saúde física, mas também com problemas psicológicos. Segundo o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, 92% dos brasileiros já cometeram ou assistiram alguma ação gordofóbica, isto é, a discriminação de pessoas que estão acima do peso devido a sua aparência física. Além disso, como consequência, aqueles que sofreram gordofobia, além de terem sua autoestima e saúde mental danificadas, se prejudicam ainda mais com a ingestão desenfreada de medicamentos para emagrecer.
Portanto, o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Saúde, deve criar programas de saúde de prevenção e tratamento à obesidade, por meio da contratação de profissionais, como nutricionistas, que atendam pessoas de todas as idades e classes sociais, a fim de reduzir a obesidade no corpo social brasileiro. Ademais, as escolas devem criar campanhas e palestras sobre o assunto, por meio de parcerias com estudantes e professores, que alertem sobre a gravidade da gordofobia com o intuito de reduzir o preconceito com pessoas acima do peso. Espera-se com isso, alcançar a boa qualidade de vida citada por Platão.