Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

De acordo com a Constituição Federal Brasileira do ano de 1988, no seu artigo 6° diz que a educação é um direito de todos e que as condições para acesso escolar devem ser garantidas pelo Estado. Infelizmente, isso não é uma realidade no Brasil. Pesquisas científicas mostram que grupos específicos da sociedade são afastados das escolas continuamente, exemplo destes são o grupo masculino e o grupo dos LGBTs.

Em primeira análise, de acordo com o IBGE 37,9% dos homens pararam de frequentar a escola devido à referencias de masculinidade difundidas socialmente. Como o fato de alguns terem sido ensinados, baseando na agressividade, que tem muito poder por serem do sexo masculino, então acreditam que não precisam do ensino que a escola disponibiliza.

Além disso, tem também o grupo dos LGBTs, que ainda não se tem um indicador exato de sua evasão escolar. Segundo pesquisas da Secretaria de Educação da Associação Brasileira de LGBTs 68% jovens desse grupo declararam já terem sido agredidos verbalmente em ambiente escolar e 26,6% já foram agredidos fisicamente somente por terem uma orientação sexual diferente. Por isso, muitos destes acabam saindo da escola.

Portanto, é correto afirmar que o ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas é uma necessidade. Com a finalidade de diminuir preconceitos com as orientações sexuais diferentes, precisa-se que professores, junto com os pais e alunos, realizem debates e diálogos sobre o tema por meio de reuniões na sala de aula com o objetivo de que os estudantes reflitam sobre suas emoções e sentimentos diante de algumas situações, desconstruindo preconceitos e tabus. Espera-se assim, contribuir para novos modelos de relações na sociedade.