Ensino Remoto em um país desigual não existe!

Atualmente com o isolamento social, devido à pandemia de COVID-19, alguns setores brasileiros estão enfrentando um enorme desafio: Adaptar-se e encontrar formas de superar está situação penosa. A área de educação, sem dúvidas, não teria como escapar dessa dificuldade.

Em março de 2020, estudantes deixaram de ter aula presencial como forma de prevenção ao novo coronavirus e, desde então, todos da rede de educação pensam como podemos ter um ensino escolar sem prejudicar a saúde e o desenvolvimento dos alunos.

Uma das soluções que o Brasil adotou é o uso dos recursos digitais, porém esta estratégia não alcança a diversidade de realidades existentes no estado, pois a maioria das escolas não tem suporte necessário para oferecer o ensino a distância e nem todos estudantes tem acesso à tecnologias em suas residências. Um estudo realizado em 2018 pela pesquisa TIC Domicílio, aponta que mais de 30% dos lares no Brasil não possuem acesso à internet, que é indispensável para o serviço de ensino remoto.

Outro problema é que os professores não foram preparados para ensinarem de forma a distância, no país 64% dos professores admitem a defasagem sobre o uso dos computadores em relação aos jovens, segundo dados da pesquisa TIC educação e ainda há o fato de que os jovens não estavam acostumados à rotinas de estudo em casa, onde normalmente era seu lugar de descanso.

Além de planos para enfrentar a educação na pandemia, as redes de ensino precisam criar planos para a volta à aulas pós-pandemia, para combater a desigualdade educacional que se aprofunda neste período e para evitar o abandono/evasão escolar.

Para diminuir o impacto da pandemia e enfrentar todos os desafios impostos é preciso investir na capacitação dos educadores para o uso dos recursos digitais, também é necessário a democratização do uso de tecnologias, para isso, cabe ao Ministério da Educação formular programas de acesso à internet todos.

Outra medida a ser tomada é criar suporte didático aos alunos, onde os Governos Municipais, junto com o MEC e as escolas deverão disponibilizar um aplicativo gratuito com vídeos aulas e atividades semanais. A escola também deverá sempre ter comunicação com as famílias, através de emails ou telefone, para poder ajudar os jovens a criarem uma rotina de estudos.

Na criação do plano pós pandemia deverá ser criado uma avaliação diagnóstica, onde poderá ser avaliada a defasagem de aprendizado individual dos alunos, a partir disto criar um plano de recuperação educacional para os alunos com dificuldades.