Ensino Online

Segundo o filósofo Heráclito de Éfeso, nada é permanente exceto a mudança. Sob essa ótica, é inegável a crucialidade da mudança e ao observar o momento de pandemia em que vivemos, é indiscutível a mudança para continuar o ensino normalmente. O ensino online seria a solução, mas no Brasil, grande parte dos alunos não tem acesso ao mesmo. Com o passar do tempo, pode-se observar que essa imprescindibilidade não tem sido considerada no país. Nesse sentido, pode-se afirmar que a negligência governamental e a escassa abordagem do problema agravam essa situação.

Primeiramente, é válido destacar que o Brasil tem uma grande diferença de classes sociais, onde a classe média sempre é a mais beneficiada. Com esse momento difícil, ficou ainda mais em evidência a desigualdade entre os alunos mais ricos e mais pobres com a dificuldade ao acesso a internet.
É importante salientar que a má atuação do estado provoca o acesso desigual a essa atividade, consequentemente, garante a condição de subcidadania de diversos alunos.

Além disso, é pertinente ressaltar que a insuficiente exposição dessa problemática contribui para o não solucionamento do mesmo. Muitas vezes, a mídia mostra perguntas de alunos com acesso a internet sobre o que eles devem fazer para manter o foco durante o período da pandemia, enquanto os alunos que não tem acesso, não são ouvidos e muito menos são procurados pela mídia para mostrar a realidade vivenciada por eles.

Torna-se evidente, portanto, que o acesso ás aulas online é um entrave que precisa ser solucionado. Sendo assim, o estado deve investir nas escolas públicas e estaduais para melhorar a qualidade do ensino dos alunos de renda baixa, por meio de verbas governamentais. Isso pode ocorrer, por exemplo, com a criação de um kit EAD, contendo um pequeno Notebook com um roteador para os alunos poderem ter acesso ao ensino normalmente, afim de diminuir a desigualdade entre os alunos de renda alta e baixa.