A Constituição Federal de 1988 estabelece a saúde como um direito fundamental e social de todos os cidadãos brasileiros, impondo ao Estado o dever de garantir esse direito. Nesse contexto, os desafios relacionados à manutenção e eficiência da Farmácia Popular no Brasil decorrem de problemas prejudiciais, como a exclusão de parte da população e a falta de informações adequadas sobre os benefícios oferecidos pelo programa.
As distribuições desiguais resultam na exclusão populacional. Segundo o advogado indiano Gandhi, a medida de civilização de uma sociedade é a forma como ela trata seu membro mais fraco, auxiliando-o com os recursos necessários para a melhora do seu bem-estar diário. No entanto, quando se trata da logística que envolve o gerenciamento de programas de saúde, como a Farmácia Popular, essa medida é frequentemente negligenciada. A falta de planejamento e a escassez de recursos fazem com que muitas pessoas, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade, fiquem à margem dos benefícios aos quais deveriam ter acesso. Isso gera um ciclo de exclusão que perpetua as desigualdades sociais, dificultando a efetivação do direito à saúde garantido pela Constituição.
Além disso, a escassez de informações gera confusão e desconhecimento sobre a iniciativa social. O médico americano Paul Farmer argumenta em seu livro “Pathologies of Power” que a falta de acesso à informação e à educação em saúde impede que populações vulneráveis compreendam os recursos disponíveis a elas. No contexto da Farmácia Popular, muitos cidadãos desconhecem os benefícios do programa, o que compromete sua efetividade. A ausência de clareza sobre os critérios de elegibilidade, os procedimentos e os remédios disponíveis resulta em um número reduzido de beneficiados, perpetuando a exclusão e as desigualdades.
Portanto, a disseminação de informações é crucial para assegurar o direito à saúde e garantir que todos possam usufruir dos serviços destinados a eles.
Em suma, a manutenção e a eficiência da Farmácia Popular devem ser replanejadas sob responsabilidade do Ministério da Saúde, com uma abordagem participativa que envolva a comunidade. A implementação de campanhas de conscientização e ferramentas digitais será fundamental para aumentar o conhecimento da população sobre os benefícios do programa e facilitar o acesso aos medicamentos essenciais. Espera-se que, com essas medidas, haja um aumento significativo no número de beneficiários, promovendo um acesso mais igualitário e contribuindo para a redução das desigualdades sociais. Assim, ao assegurar que todos tenham o direito à saúde garantido pela Constituição Federal de 1988, o Brasil poderá avançar na construção de uma sociedade mais justa e saudável para todos.
vivic
Ótima redação
Tema abordado de forma clara e sucinta, além de estar bem estruturada .Ótimo argumento, trás uma solução que bate com o tema. Apesar do repertório da Constituição ser bem batido, você conseguiu usá-lo a seu favor. Ótimas referências, fez bem usar nomes como Gandhi e Paul Farmer.
Nota: 8,5
RAFAELvieirallll
Boa Noite! Redação boa e com tema muito atual.
Observações:
Percebi um problema estrutural na introdução de sua redação. Geralmente, o parágrafo introdutório deve apresentar uma contextualização (isso você fez, mencionando a CF/88); a partir dessa, deve ser apresentada uma tese clara (não ficou evidente o que você especificamente quis defender em sua redação). Dessa forma, ficou implícito que a Farmácia Popular está com problemas, mas não houve um adequado enlace entre sua TESE e o a contextualização inicial, principalmete pela falta do conector adversativo, já que a ideia era de uma certa quebra entre o direito assegurado pela Constituição e os problemas que passa a Farmácia Popular. Por fim, é interessante que sejam explicitados os argumentos na defesa da tese (isso você pontuou corretamente).
Além disso, percebi a falta da maioria dos conectores lógicos entre os períodos, e isso é crucial em qualquer redação.
Por exemplo, nesse período:
“Em suma, a manutenção e a eficiência da Farmácia Popular devem ser replanejadas sob responsabilidade do Ministério da Saúde, com uma abordagem participativa que envolva a comunidade. (NÃO TEM CONECTOR LÓGICO) A implementação de campanhas de conscientização e ferramentas digitais será fundamental para aumentar o conhecimento da população sobre os benefícios do programa e facilitar o acesso aos medicamentos essenciais.”
Sem a conjunção, uma frase fica “solta” da anterior, e isso prejudica e coesão e principalmente a fluência do texto, gerando, assim, perda de pontos na competência 4.
Foi isso que eu quis apresentar sobre sua redação, fera!
Roseanebbp
Excelente redação!
Você aborda um tema relevante e complexo, apresentando uma análise crítica e bem estruturada dos desafios enfrentados pela farmácia popular no Brasil.
Você situa o tema dentro da constituição Federal de 1988, enfatizando o direito á saúde como fundamental.
Análise crítica.
Uso de referências como autores renomados, como Gandhi e Paul Farmer.
Você sugere soluções para resolver a causa.
Nota 9,5