O plano de desenvolvimento sustentável da ONU para 2030, prevê, entre outras coisas inclusas no seu oitavo objetivo “Trabalho decente e crescimento econômico”, a erradicação da escravidão moderna. Entretanto, no Brasil, o aumento assíduo de casos relacionados ao trabalho análogo ao escravo, pode vir a atravancar o alcançamento dessa meta. Nesse viés, cabe analisarmos as causas relacionadas a esse grande entrave social, tal como a fragilidade de minorias étnicas e a constante exploração da mão de obra migrante.
Durante a colonização portuguesa mais de quatro milhões de africanos foram trazidos de seus países de origem para servir as grandes oligarquias açucareiras, séculos depois, com a abolição a escravidão e a imigração itálica decorrente da unificação italiana, esses ganharam, respectivamente, o direito a liberdade e a privação do trabalho, já que a devida remuneração desse foi oferecido aos imigrantes Italianos, o que fez com que a população negra da época fosse forçada a continuar na situação em que estava a fim de sobreviver. Destarte, pode-se compreender que a herança patriarcal escravocrata é uma das causas da problemática, justaposta a ela, está a desigualdade social e a falta de acesso ao trabalho decente, fatores que colaboram com a migração interna e com a submissão de indivíduos a termos empregatícios indevidos. Desse modo, tal danosa prática persiste em nosso país de maneira a corroborar a existência do preconceito étnico e racial que coloca, não somente negros como também indígenas, em situações que os transforma em pessoas privadas do vínculo legal entre patrão e empregado.
Ademais, outro fator de extrema importância a ser levado em conta é o aproveitamento nocivo da mão-de-obra daqueles que chegam a uma nova região, sejam esses vindos de fluxos internos ou externos. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a maioria dos trabalhadores forçados que foram libertados entre 1995 e 2015, são imigrantes ou migrantes que recorreram aos grandes centros urbanos buscando melhores oportunidades. Posto isso, deve se considerar também aqueles que atravessam ilegalmente as fronteiras do território brasileiro; a condição ilegal recebida por esses os torna alvos fáceis daqueles que visam produzir sem estabelecer o devido pagamento do esforço oferecido. Outrossim, quando se trata da migração nacional, a falta de conhecimento- seja legislativo, seja educacional- é um dos motivos que junto aos supracitados, mantém um individuo preso ao má empregador pela crença de que nada está errado, ou de que a saída de tal “emprego” acarretará na perda permanente do sustento. Assim, fica evidente a urgência com a qual medidas precisam ser tomadas.
Portanto, para mudar a inadmissível realidade brasileira, cabe ao Ministério do trabalho, por meio de fiscalização e regulamentação eficiente, assegurar não somente os direitos trabalhistas como também prover aos afetados o suporte necessário- jurídico, psicológico, social, de estadia ou especialização- oferecendo condições para que todo o dano sofrido seja revertido. Espera-se com isso, reduzir o número de vítimas, apoiar tal parcela populacional e atingir o proposto pelo Plano de desenvolvimento sustentável da ONU para 2030.
Não tenho doutorado em nada, nem sou uma experct do português, mas reparei em algumas coisas, Ok?
– No caso de seu texto ter como objetivo uma correção de vestibular, ele ultrapassou o máximo de linhas permitidas (30), ou seja, além disso eles nem irão ler.
– Não se pode pular linha em textos, Apenas o parágrafo é suficiente!
– Na sua introdução, houve um excesso de informação que deveria ser resumido, ou citado na argumentação (2° e 3° parágrafos). A introdução textual, tem como objetivo apresentar o tema (assunto abordado), e a tese (seu ponto de vista sobre o tema), com uma média de 5 linhas.
– A 1° linha do 2° parágrafo teve carência de vírgulas. Nesse mesmo parágrafo, creio que “as grandes”, no contexto inserido, precisava de crase: às grandes.
– A argumentação foi ótima, mas fez com que você se perdesse no foco e exagerasse na conceituação.
-O Novo Acordo Ortográfico retirou o uso de hífens em locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais. Logo, “mão-de-obra” não existe.
– No geral, a dissertação priorizou muito a causa do tema, mesmo as mais minuciosas, e se esqueceu das consequências atuais, tornando-o cansativo.
Poucos erros de acentuação grave! Parabéns.
Camila Vieira
oi ana,antes tudo sua introdução está perfeita visto que vc contextualizou o tema com um roteiro socio-cultural banstante coerente,com uma tese muito bem definida e argumentos plausíveis.No seu desenvolvimento nos dois parágrafos vemos a explicação dos dois argumentos com uma boa coesão e na sua conclusão ta perfeito,vemos uma proposta de intervenção baseada nos argumentos que citou no começo,parabéns.