Enem e o isolamento social

Na série brasileira “3%” todo cidadão que completar 20 anos de idade recebe a oportunidade de passar por uma seleção que tem como destino o Maralto, lugar que oferece inúmeros privilégios incluindo uma vida melhor porém, apenas 3% dessas pessoas conseguem chegar até ele. Fora da ficção a realidade apresentada não é diferente, visto que, com o período de isolamento que estamos vivendo 74% de todos os estudantes do mundo estão sendo afetados porque suas escolas estão fechadas, logo, as chances de se saírem bem nos vestibulares são reduzidas.

Com a prorrogação da quarentena, a educação a distância tem sido a alternativa mais usada para os alunos retomarem os estudos e não ficarem atrasados por conta da suspensão das aulas presenciais, contudo, segundo dados do Governo Estadual de 2018 no Brasil um a cada quatro estudantes não tem acesso á internet, sendo 65,8% sem computador em casa e 17,4% sem Smartphone, tornando evidente a ineficácia do método EAD.

Ademais, pode-se mencionar a realidade dos alunos de comunidades mais carentes que sofrem com a falta de preparação para essa nova forma de estudar, um problema que acaba interferindo diretamente no desempenho dos indivíduos na realização dos exercícios. Todos esses fatores contribuem para uma baixa qualidade de ensino, a qual deixa a maioria dos estudantes em desvantagem e insuficientes para fazer os vestibulares e exames do ensino médio.

Em suma, fica evidente que medidas são necessárias para atenuar a grave situação que a educação do nosso país se encontra, portanto faz-se necessário que o governo junto ao Ministério da Educação e Cultura façam campanhas para orientar os alunos, entreguem livros e atividades para todos os alunos de rede pública e disponibilizem canais de televisão que possam auxiliar na realização das atividades, também é imprescindível que as datas dos concursos públicos e do exame nacional do ensino médio (ENEM) sejam suspensas por tempo indeterminado, colaborando assim para a diminuição do problema.