De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em 2012, dos 6 mil pacientes identificados com morte cerebral que poderiam salvar a vida de outras pessoas, apenas pouco mais de 1800 se tornaram doadores. Tal dado demonstra que a doação de órgãos no país ainda é escassa e enfrenta seus desafios intrínsecos nas famílias e na sociedade. Nesse sentido, é preciso discutir sobre o problema, que possui como causas a lacuna informacional e educacional.
A princípio, a falta de conhecimento das famílias está entre as causa do problema. O filósofo Schopenhauer defende que os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento do mundo. Nessa perspectiva, a lacuna de informações sobre o processo, agravado pelo sentimento de perda recente do ente familiar, são responsáveis pelos desafios enfrentados na doação de órgãos. É possível comprovar essa tese pelo fato de que, mesmo o SUS tendo o maior programa público de transplante de órgãos no mundo, o nível de doação ainda é baixo.
Além disso, a lacuna no ensino demonstra-se como outro dificultador do problema. Para o sociólogo Kant, o ser humano é resultado de seu processo educacional. Sob essa ótica, se há um problema social, há um problema educacional. Em relação à escassa doação de órgãos no país, percebe-se uma forte influência dessa causa, visto que, sem conhecimento sobre os processos que envolvem a doação, há uma desconfiança gerada pelo medo de violação do corpo do familiar e a ameaça do mercado ilegal de órgãos. Dessa forma, é dever da instituição escolar trazer o assunto desde cedo na nação brasileira, e esclarecer sobre o processo de doação para as famílias.
Portanto, é preciso intervir sobre o problema. Para isso, o Ministério da Educação deve, a fim de inserir a cultura de doação de órgãos na sociedade brasileira, implementar uma matéria que trate sobre o corpo humano e a doação de órgãos, por meio de uma reforma na grade curricular de Educação Física. É importante abordar que tal ação pode salvar uma vida, estimulando a empatia e o debate no ambiente familiar. Com essa ação, espera-se formar uma nação bem informada e consciente de que tem o poder de dar uma nova chance a outro.
RicardoAlves07
Redação muito bem estruturada, proposta de intervenção com todos os 5 elementos presentes e introdução bem elaborada.
O que achei um pouco falho foi sua argumentação, pois poderia ter falado de outra causa para que o termo educação não ficasse muito repetitivo, já que a falta de conhecimento é análoga à educação. Não acho errado mas poderia ter diversificado seus argumentos.
Não levando em consideração ortografia
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