(ENEM 2020) – O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira

      A sociedade brasileira contempla atualmente um cenário onde uma considerável parcela da população é afetada por doenças mentais, entretanto, é notória a existência de um estigma associado a esses transtornos no Brasil. Agentes agravantes dessa situação são o preconceito e a ascensão das redes sociais.

      Nessa perspectiva, a democratização do acesso à internet tornou as pessoas cada vez mais conectadas à rede, e com isso, proporcionou o crescimento e a popularização de redes sociais. Esse fator trouxe um problema grave para a população, que é a depressão, ao presenciar falsas vidas perfeitas na internet, as pessoas se frustram ao falhar na tentativa de encaixarem-se nesse padrão inalcançável. Decorrente dessa frustração, os indivíduos podem desenvolver transtornos psíquicos.

         Além disso, outro vetor contribuinte para a progressão desse estigma é o preconceito, esse que é capaz de afastar as pessoas pela falta de conhecimento ou falta de empatia. Os indivíduos que sofrem de transtornos mentais, que já são 5% da população brasileira segundo a Organização Mundial da Saúde, além de conviver com esses problemas sociais, ainda deparam-se com tratamentos precários para seus transtornos.

         Contudo, mostra-se necessária uma ação do Estado para exaurir o estigma relacionado às doenças mentais no Brasil, deve-se investir em melhores centros de tratamento mental e psiquiátrico, além de canais de suporte à essas pessoas via internet, semelhante ao canal telefônico existente, de modo que o indivíduo possa receber o auxílio necessário e encontrar tratamento especializado.