Promulgada em 2006, a Lei Maria da Penha combate a violência contra a mulher na sociedade brasileira. Contudo, após 14 anos de sua existência nota-se, ainda, que as mulheres são vítimas de atos violentos, levando em determinados casos ao feminicídio. Nesse âmbito, dois fatores aumentam a problemática: o contexto histórico brasileiro e o comportamento machista dos homens.
Primeiramente, cabe ressaltar que o Brasil foi o último país a abolir a escravidão na América. Por essa razão, até o século XIX as mulheres escravas eram vistas como objetos de seus donos, tendo que servi-los fisicamente com o trabalho doméstico e sexualmente com favores carnais. Quando elas negavam, sofriam castigos severos. Embora hoje seja crime qualquer ato violento – físico, psicológico, sexual e moral – a cultura de repreensão diante de alguma negação feminina permaneceu.
Dessa maneira, meninos crescem c om a mentalidade de que conseguem obter com violência os objetivos não alcançados com o diálogo. Por conseguinte, novos machistas são formados e seus comportamentos comprovam a afirmação do psiquiatra e escritor brasileiro, Augusto Cury disse: “Frágeis usam a violência, e os fortes, as ideias”.
Percebe-se, portanto, a necessidade de medidas a fim de garantir a eficiência da Lei Maria da Penha. Sendo assim, o Governo deve ampliar as delegacias especializadas na mulher, nas quais elas têm liberdade de denunciar os seus agressores. Ainda, o Ministério da Educação (MEC) deve promover palestras e momentos educacionais que preguem contra a violência feminina, e consigam mudar o paradigma histórico. Com tais ações, o Brasil reduzirá os feminicídios e atos violentos.
alizoneida
Texto bom, parabéns! Sinta-se lisonjeado. Contudo, há erros na sua redação.
No 1º parágrafo:
A Lei Maria da Penha poderia ser mais contextualizada. Na primeira frase, dá a impressão que ela foi “jogada”- principalmente por falta de clareza. O que ela tem a ver com o tema e sua tese? O segmento “após 14 anos de sua existência nota-se” não passa clareza.
Lembre-se: tente sempre deixar o seu texto o mais claro possível!
Exemplo:
“Contudo, este código não amenizou os crimes cometidos constantemente no atual cenário brasileiro.”
– “…levando em determinados casos ao feminicídio.”
Correção: “…os quais levam, em determinados casos, ao feminicídio.”
Tente evitar usar o verbo no gerúndio!
Após isso, seu parágrafo não há erros: tese muito bem definida com 2 núcleos.
No 2º parágrafo:
– “Por essa razão, até o século XIX as mulheres escravas…”
Correção:
“Por esta razão, até o século XIX, as mulheres escravas…”
– “, tendo que servi-los fisicamente com o trabalho doméstico e sexualmente com favores carnais.”
Correção:
“, as quais tinham que servi-los fisicamente com o trabalho doméstico, e sexualmente, com favores carnais.
– “Quando elas negavam…”
Negavam o que e a quem? Se for aos serviços, o correto seria: “Quando elas negavam de realizar tais serviços…”.
– ” a cultura de repreensão diante de alguma negação feminina permaneceu.”
Correção:
” a cultura de repreensão, diante de alguma negação feminina, permaneceu.”
No 3º parágrafo:
– “meninos crescem c om a mentalidade de que conseguem obter com violência os objetivos não alcançados com o diálogo.”
Correção:
“…meninos crescem com o pensamento de que conseguem obter, com violência, aquilo que não foi alcançado com o diálogo.”
“Mentalidade” soa informal neste caso, por isso corrigi com “pensamento”.
– “Por conseguinte, novos machistas são formados e seus comportamentos comprovam a afirmação do psiquiatra e escritor brasileiro, Augusto Cury disse: ‘Frágeis usam a violência, e os fortes, as ideias’.”
Correção:
“Por conseguinte, ideias machistas são formadas na sociedade brasileira e o comportamento destas pessoas comprovam a afirmação do psiquiatra e escritor brasileiro, Augusto Cury: ‘frágeis usam a violência, e os fortes, as ideias’.”
Palavras e frases mudadas por faltar coerência, clareza e estarem sintaticamente e gramaticamente incorretas.
No 4º parágrafo:
1ª proposta de intervenção: ” Sendo assim, o Governo deve ampliar as delegacias especializadas na mulher, nas quais elas têm liberdade de denunciar os seus agressores.”
Há Agente, Modo e Finalidade (efeito); porém falta Meio (por meio de que devem ser ampliadas as delegacias? Por meio de verba pública?) e Detalhamento (Como serão estas delegacias?)
2ª proposta de intervenção: ” Ainda, o Ministério da Educação (MEC) deve promover palestras e momentos educacionais que preguem contra a violência feminina, e consigam mudar o paradigma histórico.”
Há o Agente, Meio (o qual não está claro), Modo e Finalidade; porém falta Detalhamento.
Exemplo: “Ainda, o Ministério da Educação (MEC) deve promover o ensino à prevenção à violência contra mulheres por meio de palestras, as quais devem acontecer todo sábado nas escolas brasileiras com a participação da comunidade. Desta forma, medidas como esta conseguirão mudar o paradigma histórico.”
Portanto, embasando-me nas diretrizes do ENEM, avalio sua redação com uma nota de 840.
Competências analisadas:
1. Demonstrar domínio da escrita formal da língua portuguesa
Nota: 140
2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limiter estruturais do texto dissertativo-argumentativo
Nota: 180
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
Nota: 180
4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
Nota: 180
5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos
Nota: 160
kailanemota12
C1 – 200 (não encontrei erros gramaticais, apenas 1 de digitação (“c om” no 3º parágrafo))
C2 – 200 (não fugiu do tema e muito menos das características de um texto dissertativo-argumentativo)
C3 – 160 (não considerei muito claro a sua opinião no texto, apenas a sua defesa com argumentos (aliás, bem construídos)
C4 – 170 (as argumentações foram boas, ainda mais por ter apresentado fatos ao invés de ficar no “achismo”. Outro ponto alto, foi ter usado uma citação (que ficou bem colocada).
C5 – 180 (por fim, não foi uma intervenção ruim, mas não foi “excelente”. Digo isso, porque considerei uma resolução não muito viável ao problema quando disse “Ainda, o Ministério da Educação (MEC) deve promover palestras e momentos educacionais que preguem contra a violência feminina”, porque palestras já se tornaram obsoletas, a ponto de não conseguirem exercer muito poder sobre a população mais jovem.
Grazirocha*
Olá.
Sua introdução ficou muito boa, porém após isso percebo que você se perdeu um pouquinho.
Você começou falando dos acontecimentos históricos na introdução, depois explicou um pouco sobre isso, porém, você jé entrou na criação das crianças. Isso confundiu um pouco. Você falou muito também do passado, você começou no passado, mas seria muito bom se você já trouxesse para o presente. Veja bem, a primeira palavra do tema é, persistência, então o que acontece para homens continuarem agindo dessa maneira? por que muitos homens ainda tem uma visão erronia em relação as mulheres?
Espero ter ajudado. Você tem bons conhecimentos, você consegue.
Parabéns pela dedicação.