Os efeitos do analfabetismo funcional no Brasil.

“Passo diante de uma livraria, olho com desgosto as vitrinas”, diz Luís da Silva, personagem protagonista do livro Angústia, de Graciliano Ramos. Esse é Funcionário Público, vindo do meio rural, e apesar de sua colocação na frase exposta, exemplo de leitor perante a sociedade analfabeta funcional do Brasil. Diante disso, sabe-se que a realidade é muito diferente, afinal a maior parte dessa população é encontrada em áreas isoladas na região, ou seja, no interior, e mesmo com o desenvolvimento tecnológico há precariedade ao acesso a escolaridade, e assim aparece à necessidade de um amparo a essas pessoas, pois os efeitos dessa causa são de grande impacto, como na redução a empregabilidade e inclusão social.

Segundo a Pnad (Pesquisa por Amostra de Domicílios) uma em cada cinco pessoas não são letradas, o que atinge 14,1 milhões de brasileiros. A quantidade chega a ser preocupante, afinal a falta de conhecimento perante a um texto ou problema lógico pode ser uma grande barreira no desenvolvimento profissional, intelectual e até mesmo pessoal do individuo. E, mesmo que, os valores tenham diminuído ao longo da passagem de anos, deve ser pertinente às observações e às discussões de como levar a educação a essas pessoas, pois somente assim para achar o problema e soluciona-lo.

Então, é relevante destacar, que a localização, e o meio em que vivem são grandes influenciadores, o que pode levar a priorização de outro evento. Assim, percebe-se em algumas regiões problemas sociais, como a fome e miséria, que pautam vida de muitos. E também, observa-se a falta de oportunidades por motivos, como, a falta de transporte, e de herança familiar, afinal a maioria dos indivíduos com tais problemas possuem família com renda mínima e sem preparo, o que impede o estudo continuo.

Evidencia-se, portanto, que não cabe apenas ao profissional da área o dever de alfabetizar, mas sim de um trabalho em conjunto de pais e professores, para uma boa formação do individuo. E então, também haver a solicitação de apoio do Ministério da Educação para uma possível disponibilização de grupos escolares de realizarem projetos e atividades em regiões isoladas. Tal projeto deve ser instrumentalizado, com acessos a mais livros de diversas modalidades e, claro, com professores disponíveis a educar aqueles que não têm oportunidades. Dessa maneira, o Brasil garantirá uma consolidação na área da educação, afinal levando mais amparo, garantirão o hábito da curiosidade e conhecimento, o que proporcionará maior preparo para o mercado de trabalho e, consequentemente, abolirá a questão da inclusão social.