Efeitos da obsolescência programada no Brasil

A obsolescência programada teve origem na década de 1920 pelo presidente da General Motors Alfred Sloan o qual disse que “Um produto que se recusa a desgastar, é uma tragédia para o negócio.”. Desde então a vida útil dos produtos continua a diminuir cada vez mais, o que traz enormes consequências que o Brasil não possui estratégias para lidar. Tais efeitos trazem como principais impactos os ambientais, que juntos levam a uma grave poluição.
Em primeiro plano, é de se destacar o grande acúmulo de lixo eletrônico que o consumo excessivo proporciona. Segundo um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o maior produtor de e-waste da América Latina e ocupa a sétima posição no ranking mundial. E tudo isso fica depositado ao ar livre, gerando grandes problemas ao ambiente. Tal situação demonstra uma despreocupação das pessoas em relação ao descarte correto desses materiais.
De outra parte, a produção e o transporte de tudo o que é fabricado exige o uso de diversas matérias primas. De acordo com estudos feitos pela Trucost para a ONG Friends pn the Earth, para fabricar um smarthphone é necessário cerca de 13 mil litros de água, o equivalente a 160 banhos em média. É preciso ainda o uso de vários minérios os quais geram gases residuais e alguns deles até resíduos radioativos.
Portanto, medidas devem ser tomadas para minimizar os efeitos da obsolescência programada. Nesse viés, é necessário que o Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério da Educação conscientize a população por meio de projetos educacionais em escolas e locais públicos, a fim de evitar o descarte incorreto de e-waste e a substituição sem necessidade de novas tecnologias. Com isso, o Brasil deixará de ser o líder de descarte de lixo eletrônico e os impactos ambientais poderão diminuir.