Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil (ENEM 2013)

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Poucos elementos são tão negativamente impactantes em nosso cotidiano como a bebida alcoólica. E, infelizmente, seu consumo é aceito e promovido sem maiores reflexões. Tomando como base a relação infame entre álcool e direção e sua fatia considerável nas colisões de trânsito, uma ferramenta como a Lei Seca se faz absolutamente necessária.

Através de dados disponibilizados por entidades como o SUS, secretárias municipais e a PRF notamos o grande desempenho da Lei 11.705/2008. Poucos anos depois de entrar em vigor, é sintomática a diminuição de acidentes graves e atendimento hospitalar em regiões que blitz direcionadas ao uso do bafômetro são mais atuantes. Uma articulação legislativa dessa estirpe dar bons frutos diante de uma combinação vilanaz tão inserida e resistente na sociedade brasileira é realmente notável.

Porém, uma ação tão direta como a Lei Seca pode ter sua finalidade equilibrada com outro grande mecanismo: o uso da propaganda como alerta. Como explica Dan Ariely em “A Mais Pura Verdade Sobre a Desonestidade”, precisamos frequentemente de lembretes morais para não cruzarmos a linha do que aprendemos como certo e errado. Traçando um paralelo com a questão alcoólica, uma boa e forte atitude de marketing referente aos ricos de dirigir embriagado pode servir para acionar aquela parte em nossas cabeças que nos faz reavaliar cada comportamento, algo muito bem explorado nas embalagens de cigarro no contexto do tabagismo.

Portanto, artifícios como a Lei Seca e a publicidade de conscientização são cruciais na busca pela ruptura de um comportamento tão perigoso. Através do poder legislativo, há de se cobrar por movimentações como a manutenção e o refinamento da Lei Seca, além da revisão e elaboração de outros decretos que visem aumentar as punições relacionadas às irresponsabilidades envolvendo álcool e trânsito. Também é chave o papel da SECOM e o uso de seus recursos para o investimento em ações cada vez mais vigorosas ao tema. Ademais, antes uma tragédia ensaiada em forma de lembrete que uma materializada por você mesmo.

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4 Correções

  1. Oii, tudo bem? Vou tentar ajudar um pouco aqui com as atribuições de nota que o ENEM faz, pensando mais nas competências que têm que ser seguidas.

    Na introdução: O tema está bem inserido mas creio que seja melhor delimitar ele como está na proposta, utilizando “Lei Seca no Brasil”. Seu posicionamento foi apresentado de forma correta e a abertura do texto está ok, mas creio que expor melhor qual será seu projeto de texto em si, já na introdução, ajuda a melhorar sua nota nesse sentido (que avalia o projeto). Uma dica é sempre colocar na sua introdução quais argumentos serão usados e desenvolvidos para defender sua tese, de forma bem sucinta.

    Desenvolvimentos:
    -> O primeiro desenvolvimento está ok também, mas acho que seria melhor argumentar mais, com suas palavras mesmo, tipo:

    “Através de dados disponibilizados por entidades como o SUS, secretárias municipais e a PRF notamos o grande desempenho da Lei 11.705/2008. [Isso acontece pois (explica o porque, com suas palavras mesmo)]”.
    Aí depois disso você coloca o exemplo de que houve a diminuição e tudo mais (obs.: faça como achar melhor, se quiser exemplificar antes e depois argumentar pode também). Isso garante que você tenha a argumentação mais marcada para o seu corretor.

    -> Já no segundo, seria melhor não começar com uma conjunção adversativa, pois você continua falando sobre o mesmo ponto de vista, mas com um adendo apenas. Seria melhor usar um “Além disso, […]”.

    Conclusão: Acho que sua conclusão está muito aberta e pouco específica, como nessa parte: “há de se cobrar por movimentações como a manutenção e o refinamento da Lei Seca,”. Como será feita a cobrança?

    Para garantir a nota máxima na conclusão, você deve sempre explicitar os 4 elementos + detalhamento.
    Lembrando quais são: o agente (QUEM FAZ), o meio (COMO FAZ), a ação (O QUE FAZ), a finalidade (OBJETIVO). Normalmente o detalhamento vai na ação.

    No mais é isso mesmo… Acho que com com algumas buscas na internet sobre os pontos que eu citei já serão suficiente pra melhorar esses quesitos, não são muito complicados. Procure sobre o projeto de texto na introdução, argumentação no desenvolvimento e como colocar os 5 elementos na conclusão corretamente.

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  2. Olá, Lucas! Vou tentar te ajudar através dessa correção. Vamos lá, eu não consegui achar o segundo argumento da sua introdução, só ficou visível para mim o argumento “Tomando como base a relação infame entre álcool e direção e sua fatia considerável nas colisões de trânsito”. Ou está parte também seria um argumento: “. E, infelizmente, seu consumo é aceito e promovido sem maiores reflexões. “????? Enfim, ao colocar dois argumentos seu texto fica mais elaborado, e é preciso se atentar sobre o desenvolvimento dos argumentos, o primeiro parágrafo de desenvolvimento deve explanar sobre o argumento 1 e o segundo parágrafo sobre o argumento 2.
    Outro observação, na parte que vc usou a palavra “notamos”… não é bom generalizar, use o pronome na 3° pessoa. Fora isso, achei seu texto muito bom e com ótimos argumentos, parabéns! Continue assim…

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  3. Introdução-> Eu entendi o que você passou na introdução, mas , não seria melhor trocar o “Poucos elementos são tão negativamente impactantes em nosso cotidiano como a bebida alcoólica” por ” Poucos elementos são tão negativos como a bebida alcoólica na sociedade brasileira” ? Pois, assim, você já colocaria o teu texto na realidade brasileira.

    OBS: se na introdução tiver palavras chave como ” Brasil” use elas na tua introdução, para introduzir o leitor na realidade em que você está descrevend0.

    Desenvolvimento 1-> Cuidado com o iníco do paragráfo! Faltou um nexo para iniciar o D1, tipo clichês como ” em primeira análise”. “Notamos” eu trocaria por ” nota-se” pois assim o teu texto fugiria do senso comum.

    Desenvolvimento 2-> Na metade do D2 para o fim você utilizou muito senso comum.

    Conclusão->Eu notei uma melhor estruturação na tua conclusão, a intervenção estava bem construida, mas você se perdeu nas últimas linhas. Além disso, faltou um fechamento melhor do teu texto.

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  4. Oi Lucas, tudo bem? Tentarei te ajudar tanto em questões de ortografia, quanto na estrutura da redação dissertativa argumentativa.
    Espero que minha ajuda agregue à você.

    Primeiramente, na introdução, o trecho ” E, infelizmente, seu consumo é aceito e promovido sem maiores reflexões.” ficou vago. Seria interessante você aprofundar no aspecto citado: o consumo é aceito e promovido por QUEM sem maiores reflexões?

    Como outro aspecto, senti falta dos DOIS argumentos exigidos na problemática.

    O segundo parágrafo de desenvolvimento você iniciou com “porém”, dando assim apenas continuidade ao assunto parágrafo anterior e não trocando de assunto (como deveria ser). Significa que de acordo com o escrito, esses dois parágrafos são um parágrafo único, que falam de um mesmo assunto. Tornando sua separação incorreta.

    O trecho “algo muito bem explorado nas embalagens de cigarro no contexto do tabagismo.” está solto e ocorre fuga do tema. Exigiria mais explicações sobre o que foi citado.

    No segundo parágrafo de desenvolvimento você apresentou uma RESOLUÇÃO para o problema, fator errado, pois as propostas de intervenção devem ser desenvolvidas na CONCLUSÃO.

    NÃO USA-SE PRIMEIRA PESSOA (NÃO SE INCLUA NO TEXTO).

    É incorreto usar SIGLAS na redação, exemplo: SUS. Tem que escrever: “SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE”.

    Não usa-se mais o termo “conscientização” no ENEM, por motivos maiores. Este é substituído por “causar ações reflexivas”.

    O trecho: ” além da revisão e elaboração de outros decretos que visem aumentar as punições relacionadas às irresponsabilidades envolvendo álcool e trânsito.” encontra-se incompleto. É viável explicar COMO e QUEM faria a revisão e elaboração dos decretos.

    Agora irei reescrever o seu texto corrigindo APENAS as normas ortográficas:

    Poucos elementos são tão negativamente impactantes em nosso cotidiano como a bebida alcoólica e, infelizmente, seu consumo é aceito e promovido sem maiores reflexões, tomando como base a relação infame entre álcool e direção e sua fatia considerável nas colisões de trânsito. Assim, uma ferramenta como a Lei Seca se faz absolutamente necessária.

    Através de dados disponibilizados por entidades como o SUS, secretárias municipais e a PRF, notamos o grande desempenho da Lei 11.705/2008. Poucos anos depois da mesma entrar em vigor, houve a diminuição de acidentes graves em regiões onde as blitz direcionadas ao uso do bafômetro são mais atuantes.

    Uma ação tão direta como a Lei Seca pode ter sua finalidade equilibrada com outro grande mecanismo: o uso da propaganda como alerta. Como explica Dan Ariely em “A Mais Pura Verdade Sobre a Desonestidade”, precisamos frequentemente de lembretes morais para não cruzarmos a linha do que aprendemos como certo e errado. Traçando assim, um paralelo com a questão alcoólica, uma boa e forte atitude de marketing referente aos riscos de dirigir embriagado pode servir para reavaliar cada comportamento, algo muito bem explorado nas embalagens de cigarro no contexto do tabagismo.

    Contudo, artifícios como a Lei Seca e a publicidade são cruciais na busca pela ruptura de um comportamento tão perigoso. Através do poder legislativo, há de se cobrar por movimentações como a manutenção e o refinamento da Lei Seca, além da revisão e elaboração de outros decretos que visem aumentar as punições relacionadas às irresponsabilidades envolvendo álcool e trânsito. Também é chave o papel da SECOM e o uso de seus recursos para o investimento em ações cada vez mais vigorosas ao tema. Ademais, antes uma tragédia ensaiada em forma de lembrete que uma materializada por você mesmo.

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