EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL: É POSSÍVEL ECONOMIZAR E INVESTIR DINHEIRO?

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Segundo o filósofo Platão, “O importante não é viver, mas viver bem”. Nesse sentido, na concepção do pensador, a qualidade de vida possui grande valor na existência humana. Contudo, a realidade da sociedade é oposta, visto que grande parcela da população apresenta ignorância quanto à educação financeira, tal problema torna-se evidente nos dados de consumidores negativados. Ademais, no mundo contemporâneo, o consumo é visto como ferramenta para singularidade social, essa ideia propicia que milhões de cidadãos sejam subordinados ao consumismo, não tendo em mente suas limitações econômicas. Diante dessas perspectivas, cabe avaliar os fatores que favorecem a irracionalidade em economizar e investir dinheiro e a excessiva consumação.

Diante disso, as pessoas possuem pouca instrução financeira, tal fato corrobora ao número de cidadãos endividados e com desconhecimento das práticas de investimento e moderação nos gastos. Sob esse viés, para o filósofo Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”, assim, tal reflexão propicia a ideia de que a ignorância está intrinsicamente ligada à falta da educação, a situação econômica das famílias brasileiras é um reflexo dessa afirmação. Relacionado a isso, parcela da sociedade não sabe lidar com dinheiro devido à desinformação e, consequentemente, segundo dados do SPC, a inadimplência torna-se uma realidade, a qual para cada 4 brasileiros um 1 é inadimplente. Portanto, a falta de estímulo à sapiência financeira é diretamente proporcional à ignorância popular.

Além do mais, o excesso de consumo intensifica o número de pessoas com problemas financeiros. Nessa perspectiva, o sociólogo Zygmunt Bauman, aponta a falta de solidez nas relações econômicas, como característica da chamada ”modernidade líquida”, a qual o principal problema é o desejo insaciável de continuar consumindo, em que os indivíduos sociais se matam trabalhando cada vez mais buscando novos desejos a serem saciados. Nesse ponto de vista, é visível que a sociedade ignora atitudes necessárias como poupar, planejar e controlar os gastos, para assim obter felicidade, por meio da obtenção material, gerando futuras gerações aptas à indisciplina do orçamento individual. Logo, o consumista sofre o processo de oniomania, cujos sintomas são os atos de estourar o orçamento e viver com dívidas.

Em suma, medidas devem ser tomadas para desenvolver a educação financeira, em evidência no Brasil. Dessa maneira, o Ministério da Educação deve exigir, por meio de projetos sociais e de aulas que abordem sobre a tônica, alternativas didáticas de educação relacionados ao cuidado na utilização das finanças, em que seja possível desenvolver indivíduos conscientes e preparados para investir. De forma que, a partir desses programas, seja possível estimular um lado crítico na sociedade, como forma de reeducar e de coibir atitudes de despreparo econômico. Em síntese, diante dessas soluções, o Brasil tornar-se-á um país com pessoas capacitadas ao controle da sua vida financeira, assim como é previsto nos ideais de Platão.

 

 

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3 Correções

  1. Identifiquei alguns erros de pontuação e em algumas palavras, como “intrinsicamente” que deveria ser escrita “intrinsecamente”.
    Acredito que poderia ter iniciado a redação de uma forma mais explicativa.
    Mas ao meu ver, a norma padrão exigida no C1 está de acordo.
    Defendeu o ponto de vista com dados colaborativos.

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  2. Identifiquei alguns erros de pontuação e em algumas palavras, como “intrinsicamente” que deveria ser escrita “intrinsecamente”.
    Acredito que poderia ter iniciado a redação de uma forma mais explicativa.
    Mas ao meu ver, a norma padrão exigida no C1 está de acordo.
    Defendeu o ponto de vista com dados colaborativos.

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  3. Eu sinceramente não consegui identificar qualquer erro. A norma padrão exigida no C1 está de acordo. C2, desenvolveu o tema com propriedade e argumentou bem. C3, defendeu o ponto de vista com dados colaborativos, e citações. C4, conjunções ok, sem erros. E C5, todos os 5 agentes de intervenção.

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