Educação financeira

No filme “ A procura da felicidade” é retratado o drama vivido por um pai que enfrenta sérios problemas financeiros, o que impossibilitou que gozasse dos seus direitos fundamentais. Nesse contexto, a obra cinematográfica assemelha-se à realidade brasileira, visto que, cidadãos têm o bem-estar social afetado por dívidas decorrentes da ausência de educação financeira. Logo, torna-se preciso analisar os influenciadores para tal conjuntura como: a negligência do papel da família e do Estado.

A priori, é válido ressaltar a importância da família para a introdução da educação financeira na vida dos indivíduos. Pois, segundo o modelo sistêmico do terapeuta Salvador Minuchin, a família é a principal influência comportamental do ser humano. Entretanto, com a carência de tempo decorrente da exaustiva jornada de trabalho responsáveis negligenciam a aplicabilidade dessa didática para seus filhos. Desse modo, introduzem na sociedade indivíduos que não sabem conviver com finanças, o que pode configurar uma frustração no êxito profissional podendo evoluir para depressão e outros problemas sentimentais.

Em segunda análise, é lícito postular a negligência do estado como corroborador da problemática. Visto que, sendo o responsável por resguardar os direitos e garantir o bem-estar social apresenta escassez de políticas públicas voltadas para inserção da educação financeira. Desse modo, tal situação é exemplificada na expressão “cidadão de papel” do escritor brasileiro Gilberto Dimenstein,em que, os direitos só abrangem apenas a teoria devido a ausência de cumprimento e expressividade. Nesse sentido, esse cenário apresenta-se para sociedade como um estado de anomia o que faz a população não reivindicar a implementação da didática financeira em seu cotidiano.

Mediante o exposto, é perceptível a necessidade de inserir a educação financeira na vida de todos. Por isso, é necessário que o Governo Federal aliado às escolas promova campanhas educacionais a cerca do tema por meio das mídias sociais e digitais, a fim de tornar público a importância dessa disciplina. Além disso, é ideal que o mesmo agente promova a inserção da matéria de educação financeira desde o ensino fundamental e estenda essa iniciativa aos familiares através de reuniões mensais, visando sanar com a problemática. Dessa maneira, o exposto no filme “ A procura da felicidade” não será mais uma realidade de brasileiros.