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Discurso de ódio nas redes sociais em questão (ENEM)

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Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padronizava-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se percebe na realidade é o oposto do que o autor prega, uma vez que o discurso de ódio, manifestado nas redes sociais, é um grave problema que ocorre diariamente no Brasil. Esse cenário antagônico é fruto tanto da negligência governamental em atuar no combate à essa problemática, quanto da falta de debate sobre à questão.

A princípio, vale ressaltar que a displicência dos órgãos públicos é fator que auxilia na presença do entrave no país. Nessa perspectiva, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5°, prevê que é dever do Estado assegurar a todos os cidadãos a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Dessa maneira, por mais que sejam princípios constitucionais, o Governo pouco, ou nada, faz para suprimir as expressões de odiosidade no espaço virtual, já que os discursos proferidos por algumas pessoas, direcionados a outros indivíduos, são intolerantes, racistas e homofóbicos, os quais ferem a isonomia social. Assim, é imprescindível reverte essa situação degradante.

Além disso, o silenciamento em relação a esse assunto contribui com a permanência do imbróglio. Sob essa lógica, o filósofo alemão Jüngen Habermas preconiza que a linguagem é uma relevante forma de ação, ou seja, para que um determinado impasse seja combatido é necessário debater sobre ele. Contudo, pouco se discuti a cerca da gravidade das mensagens de ódio na internet, já que, majoritariamente, as pessoas o praticam pela falta de conhecimento sobre o assunto ou por acharem, erroneamente, que estão gozando de seus direitos expressivos, quando na verdade, ao discriminarem outros indivíduos, passam a cometer um ato criminoso. Logo, a explanação sobre a temática é extremamente importante no âmbito nacional.

Portanto, com o objetivo de mitigar o discurso de ódio no Brasil, urge que o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, atrelado à mídia, promova uma grande difusão de informações sobre o problema, na qual explicará a população os malefícios e a relevância de não praticar esse crime, por meio de campanhas publicitárias nas plataformas comunicativas da internet. Ademais, o Ministério da Justiça deve melhorar a fiscalização e as medidas punitivas nas redes sociais garantindo, assim, os princípios da Carta Magna.

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2 Correções

  1. Leio tanto essa introdução com a utopia que já virou clichê, é uma frase que não diz nada e se aplica a todos os temas Enem, já que todos os temas demandam problematizações e um mundo sem problemas não existe, mais cedo ou mais tarde o Enem vai começar a punir essas fórmulas genéricas. já que cobra tanto originalidade. Melhor fazer uma introdução tradicional, que pelo menos é ensinada do que fazer essas introduções repetíveis, causa uma péssima impressão no corretor.

    Você nunca escreverá “a essa” com crase, porque o “essa” substitui o artigo “a” que forma crase.
    Não há vírgula que separe o “tanto… quanto”.

    Sua ênfase no artigo 5º devia se dar na questão do preconceito, da tolerância, enfim, da não distinção lega e a necessidade de ser respeitar os valores constitucionais. Citar o direito à vida ou à propriedade não é muito útil e passa a impressão de que memorizou sem analisar. Adote o sentimento constitucional e você não precisará citar memorizações. Na prova da OAB a gente consulta o código, não seria exigência do Enem a memorização na prova discursiva.

    Nas conclusões dos argumentos, em vez de citar genericamente o “essa situação precisa ser debatida”, tente antecipar a proposta, da mesma maneira que você faz no primeiro parágrafo, os tais fios soltos se aplicam ao desenvolvimento também. Outra maneira interessante pro seu caso seria retomar o tópico frasal, para trazer a impressão/sensação de que o parágrafo fechou a ideia, formou o circuito.

    É até curioso pensarmos em uma intervenção que envolva justamente um Estado que promove diretamente os discursos de ódio como símbolos de autenticidade. Talvez pensar em atitudes a serem tomadas sobre as plataformas seja mais interessante.

    É bonito ler Habermas na Redação Enem, espero que goste dos debates de Filosofia do Direito quando passar na faculdade.

    Cometeu errinhos de português que provalvemente descontariam 40 pontos; serei exigente na competência 2 – vale a pena variar a disciplina que usa na argumentação, a sua ficou muito jurídica, desconto de 40 a 80; sobre a coerência não tendo a reclamar, fica entre 200 e 160; coesão gabarita; intervenção tiro 40. 160 + 140 + 180 +200 + 160 = 840. Perdoe a exigência.

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  2. como já foi dito anteriormente o Enem exige originalidade e tal possui um grande peso. Teve alguns poucos erros gramáticos mas com mais pratica não será problema futuramente. Só senti falta de mais dados e pesquisas para fortalecer os teus argumentos. Tirando os erros citados tu escolheu um bom tema bastante atual do mais desejo bons estudos e estou esperando pela sua nota 1000 no Enem blz ? :)

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