Dificuldades encontradas no processo de doação de órgãos

A série televisiva ‘’Vis a Vis’’ aborda a história de Soledad, uma presa que cumpre pena por homicídio. Em meio a isso, Soledad é cardíaca e surpreendentemente recebe um transplante de coração. Embora tal narrativa seja ficcional, a doação de órgãos é de suma relevância, entretanto são poucas pessoas que doam no Brasil, na medida que, os familiares não autorizam e as indivíduos não tem conhecimento sobre o assunto.

É importante ressaltar, em primeiro lugar que dialogar sobre a questão é fundamental, uma vez que é necessário a família saber o desejo da pessoa, para que seja possível autorizar o transplante. Conforme dados do Diário do Nordeste, em 2018, o número de doadores efetivos têm aumentado em relação aos anos anteriores, porém é crucial expandir a taxa, visto que em determinadas situações, uma pessoa pode salvar até cinco sujeitos, segundo o ex-ministro da Saúde interino, João Gabbardo.

Ademais, outro empecilho é a desinformação sobre o tema. É sabido que muitas pessoas não dispõem conhecimento da temática, por exemplos, os órgãos que podem ser doados ou como legalizar a decisão de doar. Cabe mencionar também que o impasse está relacionado com a questão cultural, não é de praxe a doação de órgãos. De acordo com Paulo Coelho, os cidadãos estão em constante processo de mudança, todavia é possível instigar as pessoas serem doadoras.

Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Com o fim de incentivar o diálogo entre os familiares e a doação de órgãos, urge que o Ministério da Saúde e Comunicações criem uma campanha contendo informações sobre os órgãos que podem ser doados, formas de legitimar a decisão e dados de quantas vidas são salvas, por meio de divulgação em mídias privadas, rádios e redes sociais. Dessarte, espera-se com essa medida obter uma sociedade mais consciente e com casos iguais de Soledad.