DIFICULDADES ALIMENTÍCIAS

Historicamente, os melhores alimentos(esteticamente) sempre foram consumidos pelos mais abastados, enquanto o povo carente perece; como ocorria na idade média. Durante a ascensão das “commodities” ficou provado que a problemática do descarte alimentício no Brasil não está apenas fundamentada na cadeia produtiva, mas também na distribuição dos mantimentos. Nesse sentido, convém analisar as causas e consequências deste impasse.
Inicialmente, vale ressaltar a importância que as hortaliças e leguminosas tem no cardápio brasileiro. Segundo o jornal o Globo, quase metade das verduras plantadas não chegam ao consumidor final; parte da justificativa está na exigência do mercado por produtos sem avarias. Lamentavelmente, muita comida é dispensada, porque compradores rejeitam alimentos que podem ser consumidos em função de pequenas imperfeições.
Em consonância, os suprimentos considerados feios não tem espaço nas prateleiras de estabelecimentos. Sendo assim, é possível afirmar que se enraizou na sociedade o pensamento que alimentos machucados não devem ser vendidos abertamente. Esta cultura do desperdício é vergonhosa, visto que na geladeira do lar uma mancha não fará uma maçã ser jogada no lixo.
Os desafios em função do desperdício são, portanto, um obstáculo a ser superado. As monoculturas trouxeram a confirmação de que o plantio existente é suficiente para abastecer as famílias no país. No entanto, a busca exacerbada pela excelência exterior, faz toneladas serem deixadas para apodrecer; enquanto a fome da população abaixo da linha da pobreza somente cresce.