“Cala a boca e dança”, episódio da série “Black Mirror”, retrata uma situação em que hackers invadem, sem autorização, o computador de um rapaz e, após terem acesso a suas informações privadas, o chantageiam. Fora da ficção, diferentes interesses de empresas e clientes os fazem captar e fornecer, respectivamente, dados, o que pode levar a uma quebra dos limites da privacidade digital. Isso ocorre devido à falta de atuação do Estado e tem como consequência a utilização imprópria dos dados dos clientes.
Em primeiro lugar, destaca-se a negligência estatal como fator do uso indevido das informações privadas. Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados, legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais, garante que os cidadãos são soberanos sobre suas informações e têm direito de saber a forma como elas são tratadas pelas empresas. De maneira contrária ao normativo, o Governo Federal, ao fiscalizar pouca ou nenhuma vez o processo de tratamento de dados pessoais pelas instituições, colabora para o não segmento do que está instituído pela lei. Nota-se, então, que a falta de engajamento estatal ajuda a enfraquecer os limites da privacidade digital e a fortalecer as companhias que tomam proveito dessa falha. Desse modo, são necessárias ações para resolver esse entrave.
Outrossim, é válido ressaltar a utilização inapropriada das informações coletadas como consequência da omissão do poder público. Sob essa ótica, aconteceu, em 2018, um grande escândalo de vazamento de dados envolvendo o Facebook, no qual a empresa vendeu as informações de milhões de usuários a grandes multinacionais. Similarmente, muitas instituições ferem a LGPD ao compartilhar, indevidamente, os dados de seus clientes. Tais dados podem ser usados para manipular o usuário de diferentes maneiras, como influenciar a adquirir um produto ou a votar em determinado candidato político. Logo, torna-se essencial a resolução dessa problemática.
Depreende-se, portanto, que o problema supracitado deve ser combatido. Dessa forma, o Governo Federal, por meio de investimentos públicos, deve criar o programa “Informação Segura”, a fim de aumentar a fiscalização das companhias e garantir a soberania de dados pelos cidadãos. Esse projeto deve ser baseado em fiscalizações periódicas das empresas pelo Estado, visando assegurar que as informações dos clientes sejam usadas de maneira correta, de acordo com a LGPD, e que prevaleça a transparência do tratamento desses dados. Assim, será possível a coexistência dos interesses de empresas e clientes, os limites da privacidade digital serão respeitados e o contexto de uso indevido de dados retratado na série “Black Mirror” distanciar-se-á da realidade vivida no Brasil.
FRANCISCOFONTENELLE
O texto ganha status de boa produção, com atenção às competências 1 e 3, uso da linguagem formal e argumentação, assim avaliadas. (Se for de encontro com suas expectativas, favor desconsiderar uma avaliação ainda feita sob a égide de um leigo na tarefa de correção)
Competência 1: 160
Competência 2: 200
Competência 3: 120
Competência 4: 200
Competência 5: 200
Não deixe de escrever. Rumo aos 1000
cyberfocz
não sou nenhum expert em Língua Portuguesa ou correção de redações, também estou aqui para aprender. enfim… vamos ás minhas impressões:
-> seu texto tem muitas vírgulas. acredito que não seja algo errado de se fazer, mas a impressão que me deu ao ler é que não há muita fluidez. além disso, muitas ideias entre-vírgulas acabam abrindo argumentos que tangem ao assunto. se por um lado isso é bom, por outro pode sacrificar a clareza do texto e das ideias.
-> o seu vocabulário está muito bom, além de que o texto têm informações importantes agregadas. legal!
-> o final do penúltimo parágrafo é ligado ao último (conclusão), mas de uma forma um pouco redundante. observemos o fragmentos do seu texto: “(…) Logo, torna-se essencial a resolução dessa problemática. Depreende-se, portanto, que o problema supracitado deve ser combatido. (…)”. minha sugestão é não escrever explicitamente que o problema deve ser combatido mas, sim, partir direto para a proposta de intervenção na conclusão.
Vitorinha9090
O texto está bem separado em relação a introdução, desenvolvimento (1) desenvolvimento (2) e conclusão, não prescisa ser formal , mas bem estruturado e coerente .
“de acordo com a LGPD” você poderia escrever “segundo a LGPD”
“a forma como” é uma expressão prolixa. É preferível dizer “como”.
“e têm” Esta perífrase poderia ser simplificada: “com” e “,com”
vitor1423
o texto está ,mas tem que ter atenção às competências 1 e 3, uso da linguagem formal e argumentação, assim avaliadas. (Se for de encontro com suas expectativas, favor desconsiderar uma avaliação ainda feita sob a égide de um leigo na tarefa de correção). O texto não têm muitos erros que possam tirar muitos pontos. Os únicos erros são:
“de acordo com a LGPD” você poderia escrever “segundo a LGPD”
“a forma como” é uma expressão prolixa. É preferível dizer “como”.
“e têm” Esta perífrase poderia ser simplificada: “com” e “,com”