Diferentes interesses de empresas e clientes e os limites da privacidade digital

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   No filme Wall Street, o personagem fictício Gordon Gekko afirma que “a informação é a mercadoria mais valiosa que existe”, podendo ser constantemente manipulada para interesses pessoais ou lucrativos. Com o avanço da tecnologia, tal frase passou a estar muito mais longe da ficção, já que ultimamente várias empresas trabalham com os dados privados de seus clientes e muitos deles, devido a falta de conhecimento na área, sequer conhecem o paradeiro de seus dados quando são entregues ou compartilhados, se entregando ao risco da vulnerabilidade.

   A princípio, é importante destacar que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), cerca de 40% dos brasileiros não fazem o uso consciente da internet, visitando sites não confiáveis e depositando seus dados privados, estando vulneráveis para quaisquer ataques de vírus, “pishing” ou outros meios que prejudiquem sua integridade física. Isso se deve justamente ao fato de poucos usuários não conhecerem como o compartilhamento de informações para uma empresa ou sítio da internet funciona, executando de forma irresponsável e tornando o controle de sua vida pessoal, que uma vez pertencia apenas ao indivíduo, propriedade pública, quebrando quaisquer limites de privacidade.

Além disso, é importante destacar que até as empresas virtuais podem contribuir para o problema. É muito comum deparar-se com aplicativos e sites, como o Google Awards, que pedem acesso aos seus dados em troca de uma melhor experiência, atendimento mais personalizado ou alguma recompensa que agrade o cliente. Apesar da maioria deles estarem de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados(LGPD), é possível que, devido a alguma falha de segurança, as informações possam ser vazadas, contribuindo para a enfatização do problema.

Portanto, é necessário tomar certas medidas para estabelecer um limite saudável e confiável entre as empresas e a privacidade do cliente. Cabe ao Ministério da Educação(MEC) promover eventos didáticos abertos para o público sobre a importância de navegar na internet com responsabilidade, a fim de conscientizar a população a respeito dos perigos e cuidados que devem ser considerados com suas informações. Ademais, é papel das próprias empresas que lidam com os dados de seus usuários reforçarem a segurança seguindo o padrão da LGPD, a fim de evitar futuros problemas que podem prejudicar ambos os lados e assegurar que, enfim, haja um benefício mútuo.

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4 Correções

  1. Tá muito boa sua redação, boa introdução, desenvolvimentos bem relacionados, detalhados e comentados.
    Uns problemas que encontrei no texto foi que vc não apresentou suas teses (argumentos) na introdução, é muito importante que tenha para que o leitor saiba o que será abordado ao longo do texto.

    Sua proposta de intervenção está muito boa, tanto a proposta 1 quanto a proposta 2. Entretanto a principal proposta que é a 1, encontra-se incompleta. Você deve deixar explícito o meio/modo da proposta e detalhar o meio. No seu caso a ação é promover eventos didáticos abertos para o público, porém por meio de que isso será efetivado? Vc perde muitos pontos na C5 por conta disso.

    Anote aí os critérios da proposta de intervenção:

    AGENTE;
    AÇÃO;
    MEIO/MODO;
    DETALHAMENTO;
    FINALIDADE;

    Boa sorte no Enem!

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  2. Bom, a sua redação está ótima, você usou na sua introdução uma citação, oq é bem legal e deixa a introdução mais rica. Apresentou argumento muito validos para defender sua tese e usou dados para reforçar isso nos desenvolvimentos, e a conclusão tbm esta boa, apresentou uma solução ao problema e foi bem concluído.

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