desperdício de comida no Brasil

O filme “O poço” mostra uma verticalidade social, em uma prisão na qual os presos vivem em celas verticais e só podem se alimentar dos restos do nível acima. Fora da ficção, na realidade brasileira, o problema do desperdício alimentar é enorme, mesmo com os alimentos em boas condições, são jogados fora de residências e indústrias para a decomposição em locais indevidos. No entanto, são levados em consideração questões econômicas e culturais diante da problemática envolvida desde à origem ao resultado na sociedade atual.

Primeiramente, é notório que a economia do país influencia na gestão de alimentos no hodierno. Em crítica à teoria de Malthus, na qual a população cresceria absurdamente mais rápida que os bens de consumo, a revolução verde atribuiu técnicas robustas na produção agrícola que resultou na dinamicidade dos alimentos. Dessa forma, a desigualdade social é estimulada pela maioria da população que tem muita aquisição e joga fora os alimentos e àqueles que possuem pouco para a própria sustentação- como exemplo, os moradores de rua- que buscam incessantemente comidas nos lixões. Por isso, enquanto houver diferença econômica entre a população brasileira, haverá encadeamento de prejuízos no consumo primário, na origem e na distribuição deles em toda a sua totalidade.

Paralelamente, o egoísmo e o individualismo da população, no século XXI, são práticas nocivas ao meio ambiente e às iguarias essenciais ao homem. Titulada como “sociedade de consumo” pelo Karl Max, é significativamente associada ao incentivo de consumo exagerado e desnecessário pelos indivíduos. Diante disso, é evidente que a compra de um novo cereal, hambúrguer ou cerveja que está sendo noticiada pela mídia possui interferência no comportamento social do consumidor, sendo assim, o desperdício é gerado diariamente e constantemente como consequência. A partir dos dados do “World Resources Institute”, o Brasil está entre os 10 países que mais desperdiçam alimentos no mundo. Faz-se imperioso, de fato, uma tomada de medidas para a mudança dessa situação tóxica para o ambiente que vivemos.

Portanto, são necessárias formas de mitigar o entrave do impacto ambiental em relação ao desperdício alimentar no Brasil. o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, deve implementar campanhas de conscientização em escolas de todo o país,   também em propagandas na mídia, com o objetivo de mostrar as consequências desse problema e propor formas de amenizá-lo, por intermédio de palestras e do ensino de técnicas de reaproveitamento de alimentos não consumidos – como a compostagem. Tudo isso com o propósito de que o tecido social, enfim, se beneficie de um direito constitucional e indispensável a vida – a garantia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Logo, o enredo do poço não tornar-se-á principal pauta para o sistema de consumo entre os brasileiros.